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Em Época de pandemia e instabilidade financeira as empresas funerárias aumentam as vendas dos seus planos

Mesmo com maior dificuldade financeira devido à falta de empregos ocasionados pelo crescimento da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), o crescimento de vendas de planos funerários no Brasil atingiu 10% durante a pandemia.

No Dia Mundial da Saúde, dia 7 de abril, Valdirene Aparecida da Silva contratou um plano funerário para cuidar de todos os preparativos de seu funeral e de sua família. Que fique claro que essa ação de Valdirene não era um plano de suicídio, mas sim um planejamento caso ocorresse alguma morte inesperada em sua família, afinal, estamos vivendo momentos de incertezas.

A pandemia acabou acelerando o seu pensamento de contratar um plano funerário. Na verdade a mineira de Itajubá (MG) já estava desde o ano passado pensando nessa possibilidade, bem como seu irmão, principalmente após a morte de seu pai, que gerou muitos transtornos, pois pegou toda a família desprevenida, principalmente na questão financeira. 

Por conta da quantidade de mortes ocorridas pela Covid-19 no país, sendo que muitas ocorriam com várias pessoas da mesma família, Valdirene então falou com o marido que foi muito difícil conseguir sepultar apenas uma pessoa, na ocasião da morte do seu pai, então, quem dirá se várias pessoas na família viessem a falecer, sepultar mais de um membro familiar seria extremamente difícil, caso uma fatalidade dessas viesse a acontecer.

Ela então pesquisou via internet por um plano que tivesse cobertura nacional e possuísse os seguintes itens: suporte de um agente par cuidar de todos os procedimentos relacionados ao sepultamento, tais, como, caixão/urna, ornamentação do caixão, pagamento das taxas municipais, traslado do corpo por no máximo 200 km ida e volta, uma diária de câmara fria, necromaquiagem do falecido e velório de até 12 horas de duração; além de oferecer as opções de cremação ou sepultamento, incluindo até mesmo um animal de estimação.

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A carência do plano era zero no caso de mortes acidentais e violentas e de seis meses por mortes ocasionados por doenças ou mortes naturais. Valdirene assinou um plano para até oito pessoas de sua família e também para o seu animal de estimação.

Com isso, ela acabou consultando as bases familiares, que incluem o irmão, a cunhada, o sobrinho, a mãe, o tio que mora em Minas Gerais, a si mesma, o marido e o filho deles. Toda a família estava segurada, com exceção de outro tio, que mora em São José dos Campos, no Vale do Paraíba paulista. 

O animal de estimação é um shitzu de seu irmão, chamada Milly. De acordo com Valdirene, quando um pet morre acaba acontecendo o mesmo que ocorre com um ser humano, ou seja, as pessoas não sabem direito o que fazer, então, como eles consideram o animal como parte da família, decidiram colocá-lo no plano funerário. 

Valdirene tem 53 anos e se encaixa perfeitamente no perfil de idade e de gênero que mais contrata planos funerários no Brasil. De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), a idade média das mulheres que contratam mais planos funerários é entre 45 e 55 anos. 

A FenaPrevi ainda aponta que isso acontece porque essas mulheres dão mais valor ao ritual de despedida e, por isso, tomam mais iniciativas para contratar os planos funerários.

Ainda de acordo com a Federação, o valor médio dos planos é de R$60,00 por mês nos. No caso de Valdirene, o valor é de R$95,00, divididos entre sete pessoas. Um sepultamento pode ultrapassar facilmente os R$10.000,00 se todas as despesas forem pagas à vista. 

Segundo o executivo da FenaPrevi, Carlos de Paula, o número de clientes interessados nesse tipo de plano cresceu 10% durante o período de pandemia. Esse aumento não é tão grande assim, mas segundo a cofundadora da Flow Death Care, consultoria dedicada ao mercado do luto, e da plataforma digital Vamos Falar sobre o Luto, a executiva Gisela Adissi, isso pode ser considerado como um indício de que os brasileiros estão mais consciente em relação à mortalidade.

É importante considerar que a pandemia tem um papel muito importante nessa mudança de comportamento, devido ao grande número de mortes no Brasil. 

Gisela diz que o plano funerário tem um valor agregado e que acaba trazendo essa conversa para os membros da família durante as refeições, sempre esclarecendo a importância da união e do planejamento de momentos como esse para todos. Isso porque não planejar o momento de despida pode ocasionar em um processo de luto mais duradouro e difícil, fazendo com que a perda de um ente querido se torne ainda mais complicada.

Ainda de acordo com a executiva, precisamos tomar muitas decisões quando um ente da família morre, de acordo com o seu levantamento, são cerca de 90 tópicos diferentes e diversas tomadas de decisões necessárias, incluindo a missa de sétimo dia e os procedimentos de pós-sepultamento.

Gisela diz que, ao escolher um plano funerário, essa lista cairia pela metade, restando, portanto, apenas as decisões emocionais. Todas as questões burocráticas relacionadas ao funeral ficariam sob responsabilidade do plano funerário, inclusive a preparação do corpo para a cerimônia. 

Enfim, não à toa que a procura por planos funerários aumentaram durante a pandemia, pois lidar com todos essas questões burocráticas em momento de fragilidade, não é fácil. Ainda mais com os problemas de superlotação de cemitérios e os altos índices de sepultamentos dos últimos tempos. Em alguns lugares do país, as pessoas falecidas estão tendo que esperar para serem enterradas, para se ter uma ideia. Sendo assim, mais do que nunca, possui um plano funerário passa  a ser sinônimo de tranquilidade na hora em que mais precisamos de serenidade, acolhimento e paz.

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