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Deve-se falar com o idoso sobre a própria morte?

O envelhecimento de uma pessoa é marcado por grandes transformações físicas e psicológicas. São muitas reflexões e mudanças de comportamentos. Sendo assim, nesse período é comum ter dúvidas sobre falar com idoso sobre a morte. É importante termos a liberdade de poder conversar com aqueles que amamos.

Na velhice nos deparamos com muitas reflexões sobre perdas variadas, reais e simbólicas, como, por exemplo, de amigos, de familiares da mesma geração, do mesmo trabalho etc. Com o passar dos anos começamos a perder a audição, vigor físico, visão, beleza e desejo sexual. 

Portanto, é muito importante contar com a família nesse período da vida. E poder falar sobre todos os assuntos, incluindo, a própria morte, deixa-nos mais próximos uns dos outros.

É sobre esse assunto que falaremos hoje. Confira!

A morte não deve ser um tabu

A morte é algo que todos estamos sujeitos independente da idade, cor ou classe social. Inclusive, ela é a única certeza da vida. Por isso, não deve ser tratada como um tabu.

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Quem tem mais de 60 anos ou convive com alguém que está nessa etapa da vida é comum ter que lidar com uma dúvida como falar com idoso sobre a própria morte dessa pessoa querida.

A morte ainda é assunto pouco discutido no Brasil e esse tabu se dá por conta da supertição de que quando se fala em morte, ela acontece. Entretanto, em algum momento da vida, devemos falar sobre o assunto para esclarecer as intenções e vontades e até mesmo para facilitar os cuidados e responsabilidade com o idoso.

Conversar sobre a morte com o idoso pode até ajudar a tranquiliza-lo. É sempre bom deixar todas as questões esclarecidas para que o idoso saiba que suas vontades serão cumpridas após sua partida. 

A importância de falar com idoso sobre a morte

A família e/ou cuidadores devem convidar o idoso a falar sobre a morte e prestar atenção no que ele pensa sobre o assunto.

Especialistas defendem o diálogo sobre o assunto e dizem que é uma forma de possibilitar um maior entendimento da complexidade de cada ser humano nas suas mais variadas formas de enxergar a realidade.

Entendendo o que o idoso sente, é possível dar a ele uma melhor qualidade de vida. A conversa também é uma oportunidade da morte ser tratada com mais aceitação e tolerância quando chegar a hora. Falar com idoso sobre a morte não é um fator para depressão. 

Na verdade pode ser o contrário, o idoso pode despertar para a vida e aproveitar melhor o seus momentos com a família e amigos. Muitas pessoas só percebem o fim da vida quando conscientizados pela percepção exterior. Ou seja, quando alguém fala sobre o assunto.

A velhice, geralmente, não é reconhecida pela própria pessoa de imediato. Ela é algo externo, tanto que os psicanalistas falam do ‘susto ao espelho’, que é quando a pessoa se dá conta que envelheceu. 

Falar sobre a própria morte com uma pessoa idosa costuma acontecer apenas quando ela encontra-se acamado em situação crítica de saúde. Muitas vezes pessoas em estado terminal não conseguem falar sobre morte com a própria família por falta de espaço. 

Porém, é importante saber que pessoas idosas também necessitam de um momento de atenção para desabafar, mas, infelizmente, na maioria das vezes, eles não encontram pessoas dispostas a ouvi-los. 

Muitas vezes quando o idoso tenta conversar com seus familiares eles são logo cortados pelos filhos, que não sabem lidar com a dor da perda. Frases como: você não vai morrer, não fala isso, acabam criando um bloqueio quanto ao diálogo.

Esse tipo de atitude é compreensiva, visto que a intenção dos mais jovens é poupar os mais velhos, mas é importante saber que nem sempre o idoso é frágil emocionalmente. Em muitos casos, pela experiência de vida que o idoso possui, isso o deixa mais forte para lidar com questões emocionais. 

O estado de saúde dos idosos

Quando o idoso está com suas faculdades mentais preservadas é interessante dar abertura ao diálogo. Eles não devem ser privados das noticias e nem dos seus diagnósticos, pois muitas famílias optam por não informar ao idoso seu real estado de saúde. 

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É uma necessidade e direito do idoso saber sobre suas condições de saúde. Isso poderá ajudá-lo a se preparar para tomar suas próprias decisões. A omissão pode não ser tão ruim quanto a mentira, mas tanto uma quanto a outra pode deixá-lo magoado e desconfiado, se sentindo traído.

De acordo com psicólogos, falar com idoso sobre a morte não deve ser um bicho de sete cabeças, é importante dar espaço para que eles falem sobre como gostariam que fosse sua despedida, qual a roupa que gostaria de usar no velório, se gostaria de ser cremado ou sepultado, para quem quer deixar certos objetos, dentre ouras coisas.

Esse tipo de conversa vai deixando a morte mais natural e o idoso pode até ficar com menos medo desse processo natural da vida. 

Sem obrigação de falar 

Nunca tente obrigar o idoso a falar sobre morte, a abertura deve ser deixada esclarecida, mas sem forçar uma barra. É importante que o idoso se sinta acolhido e respeitado. 

É importante também que todas as pessoas da casa se atentem aos sinais de apatia, isolamento, angústia e irritabilidade, pois isso pode ser sinais de que o idoso não está confortável para falar o que sente. Uma depressão em um idoso é muito perigosa.

Se o idoso não gostar de falar sobre a morte, tudo bem, ele não deve ser forçado. Na maioria das vezes basta sinalizar que ele tem com quem contar quando quiser conversar, caso ele queira. 

É importante ficar sempre atento, pois não é aconselhável fazer comparações entre os casos de falecimentos, não focar no lado ruim das coisas e não reclamar de coisas que tem que fazer pelo idoso, como idas ao hospital, por exemplo. 

Reclamar de coisas que você teve que fazer para o idoso pode deixá-lo muito triste e com sensação de incapacidade. Esse tipo de coisa deixa a pessoa acuada até para falar.

Falar com idoso sobre a morte é algo que deve ser feito da maneira mais sútil possível. Afinal, se trata de uma despedida, de um adeus, que deve ser tratado com muito amor e respeito do mundo.

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