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Uma técnica milenar: descubra o que é embalsamamento!

Do Egito Antigo ao século XXI, saiba o que é embalsamamento, uma técnica que se aplica a cadáveres há milhares de anos. Veja também porque ela voltou a ser bastante utilizada!

Laboratório de embalsamamento: maca e equipamentos

Você sabe o que é embalsamamento? Também conhecida como embalsamento, é uma técnica de preparação do corpo pós-morte que tem origem no Egito Antigo. Mas, que foi aprimorada ao longo dos séculos e é usada até hoje.

Esse procedimento é um tanto polêmico, pois não é aceito em algumas religiões por ser considerado muito invasivo e por estar associado a práticas fúnebres de culturas não-cristãs.

Ainda assim, há diversas situações em que o embalsamamento não é uma opção, sendo a sua realização obrigatória por motivos diversos

Apesar disso, assim como tudo que envolve a morte e os cuidados com o cadáver, é uma prática cultural não muito difundida no Brasil, portanto, recorre-se a ela apenas quando conveniente e quando é necessário!

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Nesse artigo, conheça o que é o embalsamamento e quando ele é realizado no Brasil! Boa leitura!

Outra leitura que também pode lhe interessar: Como ser doador de órgãos no Brasil: confira um passo a passo completo.

O que é o embalsamamento?

O embalsamamento é uma técnica de preservação do corpo sem vida, realizada a fim de impedir ou retardar a sua decomposição.

A tanatopraxia também é uma técnica desenvolvida para tal fim, mas ela é mais simples e menos duradoura, de maneira que é aplicada apenas quando o corpo não demorará muito a ser encaminhado para o sepultamento ou para a cremação.

O embalsamamento, por ser muito antigo e por haver muito conhecimento acumulado sobre seus procedimentos ao longo da história da humanidade, não possui uma receita, ou passo a passo, único. 

Assim, dessa maneira cada instituição e cada profissional segue um determinado padrão de procedimento.

Ele é considerado um procedimento complicado e, sempre que possível, é preferível não realizá-lo pois envolve a drenagem do sangue e outros fluidos, além de outras técnicas de limpeza total do cadáver, a fim de conservá-lo por um longo período de tempo.

Era, propriamente, o primeiro passo do processo de mumificação realizado pelos egípcios. 

Um processo que conseguiu manter os corpos conservados por séculos. Então, não é de se admirar que o embalsamamento seja realmente eficaz para cumprir os seus objetivos.

Apesar de ser realizado desde o Antigo Egito, a técnica nomeada como embalsamamento foi sistematizada pelo fisiologista William Harvey (1578-1657), também responsável por fazer a primeira descrição detalhada do sistema circulatório humano.

Quando o embalsamamento é realizado?

Esse procedimento é realizado em situações em que o corpo precisa ser mantido preservado por dias, de maneira que a tanatopraxia não é suficiente, tais como:

  • Traslado de longas distâncias: esse foi o objetivo primeiro do desenvolvimento do embalsamamento por Harvey, no século XVII;
  • Quando o corpo vai demorar a ser velado: em situações em que o cadáver faz parte de alguma investigação ou precisa passar por necropsia;
  • Quando há algum impedimento ao sepultamento ou cremação: problemas burocráticos em relação aos serviços funerários ou outro motivo que faça com que o corpo tenha que ficar aguardando na gaveta por tempo indeterminado;
  • Em casos de corpo não-identificado: se o morto não é reclamado por nenhum responsável e não possui identificação, ele demora mais a ser sepultado e também precisará ser submetido a essa técnica extremamente eficaz de preservação do cadáver.

Essas são algumas das situações em que deve ser realizado o embalsamamento. O procedimento deve ser iniciado até doze horas depois da morte, senão perde sua eficácia, pois o corpo já estará em processo de putrefação, causando risco de contaminação, principalmente nesse período da pandemia do novo coronavírus.

Mantenha-se informado! Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre sepultamento em tempos de Covid-19.

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Como o embalsamamento é realizado?

Um corpo embalsamado pode aguardar até quinze dias pelo sepultamento ou pela cremação, um prazo muito longo e alcançado graças às excelentes técnicas desenvolvidas pelos profissionais ao longo dos séculos.

A tarefa básica do procedimento é a retirada de todos os fluidos naturais do corpo humano, pois são eles os grandes responsáveis por sua decomposição.

Para isso, é necessário realizar várias etapas, de maneira que o processo pode demorar de doze horas a duas semanas para ser concluído a depender: do peso e da altura do corpo; de possíveis dificuldades que o profissional pode enfrentar por conta da estrutura corporal do falecido. 

10 passos para o embalsamamento

Confira abaixo os 10 passos para o processo do embalsamamento!

  1. Higienização

O profissional deve despir completamente o falecido, deixando-o sem qualquer objeto. Então, o cadáver é lavado com água e sabão.

  1. Massageamento

Os músculos e a face são massageados, para tirar a rigidez.

  1. Incisão

É realizada uma abertura entre o ombro e o pescoço, em que é posicionado um cano pelo qual é feita a drenagem dos fluidos e a aplicação do líquido que vai preencher os espaços drenados. 

  1. Aplicação de formol

Assim, por esse canal é feita uma injeção de formol misturado com água, com o auxílio de uma bomba injetora, a fim de coagular o sangue. 

A mistura injetada precisa preencher os espaços ocupados pelos fluidos, ela evita a desidratação e a decomposição dos órgãos.

  1. Drenagem

Com o sangue em processo de coagulação, o profissional tem mais facilidade para realizar a drenagem completa do sangue (uma das etapas mais demoradas do processo). 

Essa drenagem não apenas garante que o sangue não se decomponha dentro do corpo, mas também faz com que os órgãos endureçam, percam sua organicidade, de maneira a sobrar apenas tecidos, músculos e ossos, que demoram muito mais para se decompor. 

  1. Segunda incisão

É feita outra abertura na região do umbigo, a fim de aspirar gases e fluidos que fazem parte do sistema digestivo.

  1. Segunda aplicação de formol

Então, é aplicado formol nos músculos, para que também demorem mais para se decompor.

O formol tem ainda a função de eliminar microrganismos como bactérias, responsáveis pela decomposição.

  1. Preenchimento das cavidades

As cavidades são preenchidas com materiais conservantes, para isolar a parte interna do corpo, que passa a não ter mais contato algum com a atmosfera exterior.

  1. Reconstrução

Por vezes, é feita a reconstrução de partes danificadas do corpo para deixá-lo inteiro para o velório.

  1. Desinfecção

O corpo passa por uma última higienização, agora com a aplicação de álcool canforado, para inibir bactérias e maus odores.

Esse é o procedimento básico de embalsamamento, mas as etapas e técnicas são variáveis a cada situação, dependendo das condições do corpo e do objetivo da conversação.

Quer saber mais sobre as práticas realizadas depois da morte? Leia também: Necromaquiagem: conheça mais sobre a arte de maquiar pessoas mortas. 

Quanto custa um embalsamamento?

Para realizar tal processo é necessário investir cerca de R$2.000, que cobrem os gastos com materiais, equipamentos e a remuneração do profissional. 

Há também gastos com transporte e armazenamento do corpo, necessários especificamente para esse fim – outros traslados e outras necessidades de armazenamento não são incluídos no orçamento do embalsamamento.

O embalsamamento e as questões religiosas

Muitas religiões cristãs não aceitam a prática do embalsamamento, por ser algo muito invasivo e por realizar práticas que corrompem as características naturais do corpo.

De fato, o objetivo do procedimento é propriamente substituir fluidos naturais por líquidos artificiais para que o cadáver perca sua capacidade de decomposição natural.

Mesmo que o embalsamamento seja realizado apenas nas situações que já especificamos, é possível optar por não realizar o procedimento, a partir de uma declaração de vontade em vida ou a partir de exigência familiar. 

Na Sicília, Itália, as autoridades locais proibiram a prática no início do século XIX, muito provavelmente por motivos religiosos.

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Corredor de caveiras, Catacumbas dos Capuccinos, Palermo, Itália.

Curiosidade: As Catacumbas dos Capuccinos de Palermo

É um local na Sicília que hoje é atração para turistas. Pode ser considerado um dos lugares mais peculiares do mundo, pois apresenta, ao longo de muitas paredes, diversos corpos embalsamados e pendurados.

O lugar foi criado no século XVI para expor e reunir os corpos embalsamados dos frades. Depois, percebeu-se que o local realmente era ideal para a conservação de cadáveres e passou a receber corpos embalsamados de diversas pessoas.

A descrição do lugar pode ser pavorosa para muitos: há nichos por todas as paredes em que ficam expostas verdadeiras caveiras de cidadãos de Palermo seculares, vestidos de acordo com sua posição social e pendurados, muitos com placas de identificação. 

Há uma área dedicada apenas a crianças, cujos pais pagaram pelo embalsamamento e pela exposição, para manter seus filhos eternizados.

Rosário Lombardo, a Bela Adormecida, embalsamada e exposta na Itália.

O último embalsamamento de Palermo

Rosário Lombardo foi a última embalsamada a ser alocada nas Catacumbas do Capuccino, antes de determinar-se pela proibição do embalsamamento.

A menina tinha menos de dois anos de idade e faleceu de pneumonia. O que a tornou famosa foi que seu pai contratou um renomado químico, Alfredo Salafia (1869-1933), para realizar o procedimento de embalsamamento.

Salafia havia acabado de aprimorar as técnicas de embalsamamento e Rosário Lombardo foi uma das primeiras a receber esse inovador e duradouro procedimento. Isso sim, é uma verdadeira homenagem póstuma!

A garota embalsamada foi colocada para exposição em um leito de vidro e é mundialmente conhecida como Bela Adormecida.

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