A morte é algo inevitável para todos os seres vivos e muitas vezes ela acaba inspirando a arte. Por isso, é comum encontrarmos ela retratada em diversos tipos de obras, inclusive nas pinturas. As pinturas famosas sobre a morte são conhecidas tanto pelo impacto que causam quanto pela sua beleza.
Essas obras são consideradas mórbidas por muitas pessoas, mas é importante considerar que a arte é um dos escapes para os pensamentos e sentimentos humanos. Por isso, obras que retratam a morte podem ajudar a compreender melhor o assunto.
Esse tipo de arte pode ser um convite à reflexão. Sendo assim, conhecê-las não serve apenas para enriquecer o seu repertório cultural, mas também para usá-las como ponto de reflexão sobre a partida de pessoas especiais e sobre o destino de todas as pessoas.
Pensando nisso, no texto de hoje, separamos para você as principais pinturas de arte e também as mais famosas sobre a morte. Confira!
Criança Morta – Cândido Portinari (1903-1962)
Essa é uma obra muito famosa e de origem brasileira. A “Criança Morta” é o nome de uma das mais conhecidas obras do famoso pintor brasileiro Cândido Portinari, que atuou na primeira metade do século XX.
A obra é datada de 1944 e pode ser vista atualmente no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Essa pintura é famosa por retratar a triste realidade brasileira por meio de uma cena dramática.
A pintura mostra uma família de retirantes debruçada sobre o corpo de uma menina morta, por isso, o nome da obra é “Criança Morta”. Os protagonistas da cena aparecem aos prantos, transmitindo a dor da perda e a triste realidade da fome e da miséria no país.
A Vida e a Morte – Gustav Klimt (1862-1918)
Uma das pinturas famosas sobre a morte pertence ao pintor Gustav Klimt. Lançada em 1911, a “A Vida e a Morte” é um espetáculo visual, que venceu o 1° prêmio na Exposição Internacional de Roma.
A pintura é como um mosaico que se divide em duas partes e conta com um espaço entre uma e outra. A primeira parte, à esquerda retrata a morte em cores frias e conta com várias cruzes, representando o sepultamento.
Do outro lado está a representação da vida, que é apresentada por meio de cores quentes e alegres. Essa parte mostra ainda pessoas de várias cores, tamanhos e idades, como se fosse uma sociedade unida e feliz.
A morte da Virgem – Michelangelo Caravaggio (1571-1610)
Dentre as pinturas famosas sobre a morte, “A morte da Virgem” se destaca não só pela sua beleza, mas também por ser uma obra muito antiga, datada no século XVII. Essa obra foi produzida em 1606 pelo pintor barroco Michelangelo Caravaggio.
“A morte da Virgem” foi encomendada inicialmente por Laerzio Alberti Cherubini, advogado do Vaticano, e a intenção era que a obra ornamentasse a Igreja das Carmelitas de Santa Maria della Scala, em Roma. Contudo, a simplicidade e crueza com que a obra foi realizada não agradou o clero, que considerou a pintura muito mundana para ser apresentada a santidade.
A obra chegou a ser classificada como ofensiva à Igreja Católica. Porém, essa recusa do clero não afetou em nada a fama do quadro, pelo contrário, ajudou a divulgar ainda mais essa que é uma das pinturas famosas sobre morte e considerada também como uma das mais belas da história.
A pintura mostra a representação de uma Virgem Maria morta, mas sem pompa, simplesmente cercada por apóstolos, que estão juntos com Maria Madalena lamentando a morte. A obra foi recusada também porque, a princípio, não revela um olhar de natureza religiosa. A obra se encontra atualmente no museu do Louvre, em Paris.
Morte no quarto da paciente – Edvard Munch (1863-1944)
Edvard Munch foi um pintor que gostava de retratar o tema morte, aliás, ela esteve bem presente em sua vida. Ele perdeu a sua mãe para a tuberculose quando tinha apenas cinco anos de idade e nove anos depois sua irmã Sophie morreu com a mesma doença.
Em “Morte no quarto do paciente”, Munch retrata a morte de sua irmã e a tristeza de sua família no momento de despedida. Atualmente, a pintura encontra-se em exposição em Oslo (capital da Noruega) no Museu National Gallery.
Na obra, temos duas mulheres retratadas à frente, uma delas se lamentando em uma cadeira e a outra encara o expectador. Ao fundo da obra está retratada Sophie, que está em uma cadeira de costas para o expectador e ao seu redor estão pai e a tia.
O interessante é que Edvard Munch se autorretratou observando o momento do velório à distância. Entre as pinturas famosas sobre morte, essa é uma das mais tocantes.