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Você sabe como é feita a preparação do corpo pós-morte?

Todo mundo quer uma imagem agradável do morto no velório, mas poucos sabem como funciona o longo processo da preparação do corpo pós-morte. Confira mais sobre esse assunto agora!

As técnicas de preparação do corpo pós-morte aplicadas hoje envolvem todo um quadro de profissionais que contam com estratégias, ferramentas e tecnologias adequadas. Mas nem sempre foi assim. 

Há incontáveis séculos é feita a preparação do corpo pós-morte para o funeral, mas somente agora existe um estudo sobre esse tema.

Os egípcios são a civilização tida como referência no assunto, pois foi a partir do conhecimento e das práticas que eles desenvolveram que a preocupação com o cuidado para com o cadáver se disseminou. Eles faziam o embalsamamento a fim de preparar o corpo para a mumificação. 

E, acredite, foram os procedimentos que eles desenvolveram milênios atrás, com ferramentas e materiais escassos, que tornaram possível o aperfeiçoamento das técnicas empregadas hoje

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Existem parâmetros diversos para definir como um corpo será preparado e todos, seguramente, partem da confirmação do óbito

Apesar da morte ser um assunto desgostoso, mesmo para quem já possui plano funerário, é preciso que quebremos os tabus e fiquemos atentos a quais são os procedimentos pelos quais um corpo passa depois de morto.

Afinal, temos a opção de escolher, ainda em vida, o que será feito de nosso corpo e de nossos órgãos. Então, informar-se sobre o que acontece com a nossa matéria sem vida é primordial.

Acompanhe todos os tópicos que apresentamos a seguir e saiba exatamente como se dará a preparação do corpo pós-morte, quando você não puder mais expressar suas vontades! Boa leitura!

As técnicas de preparação do corpo pós-morte

Há diversas variáveis que determinam quais procedimentos são necessários para cada caso. Grande parte delas está ligada à causa da morte. A necessidade ou não de transporte do corpo por longas distâncias também é determinante.

O importante é destacar que descreveremos o procedimento padrão de preparação do corpo pós-morte e discutiremos algumas das variáveis mais comuns.

Vale ainda saudar os grandes profissionais responsáveis por cuidar dos corpos dos falecidos. Eles realizam um dos trabalhos mais desagradáveis, lidando com fluídos humanos, tecidos em decomposição e odores fétidos. 

Tudo isso visando um mesmo resultado final: deixar o cadáver aprazível para ser exibido no funeral.

Trataremos da função de cada um desses profissionais, pensando quais as situações em que eles têm de atuar para garantir a preparação do corpo após a morte

São eles: o profissional da enfermagem, o necropsista, o tanatopraxista, o necromaquiador e o agente funerário. 

Enfermeiro realiza a preparação do corpo pós-morte

A preparação do corpo pós-morte no hospital

Quando um paciente vem a falecer no hospital os enfermeiros são responsáveis pelas primeiras práticas de preparação do corpo. Isso consta em decreto da lei que regulamenta o exercício da enfermagem no Brasil.

Isso porque o corpo precisa ser imediatamente tratado para poder ser transportado. Esse cuidado visa manter o corpo intacto por mais tempo, para então ser levado para a funerária ou para o IML, caso a morte não tenha sido de causa natural.

Assim, cabe ao enfermeiro aplicar as técnicas iniciais de preparação do corpo pós-morte, com o objetivo de: inibir microrganismos infecciosos, limpar o corpo, preservar a aparência natural e impedir a saída de fluidos.

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Procedimentos obrigatórios após o óbito

Logo após a confirmação do óbito em documento escrito, salvas as situações em que a família restringe a ação do hospital por questões religiosas, o enfermeiro é capacitado para realizar os seguintes procedimentos:

1. Desligar todos os equipamentos que estejam ligados ao paciente;

2. Encaminhá-lo ao leito;

3. Observar a hora e relatar no registro;

4. Preparar as identificações constando: nome, registro, enfermaria, leito, data e hora do óbito e nome do responsável pelo preparo do corpo;

5. Preencher o formulário de notificação de óbito em duas vias, para encaminhar o comunicado do óbito ao responsável pelo paciente;

6. Organizar o espaço para preparar o corpo com privacidade;

7. Elevar a cabeceira do leito para evitar a mudança de coloração da face por acúmulo de sangue;

8. Remover todos cateteres, drenos e cânulas;

9. Caso o paciente utilize prótese dentária, retirar;

10. Realizar tamponamento, com algodão, nos orifícios onde possam haver drenagem de líquidos;

11. Realizar curativos em feridas;

12. Higienizar o corpo;

13. Posicionar mãos, pés, pálpebras e queixo, utilizando atadura crepe;

14. Colocar primeira identificação no tórax do paciente, fechar o lençol de óbito com fita adesiva e colar a segunda identificação sobre o lençol;

15. Reunir os pertences para entregar à família;

16. Proceder às anotações de enfermagem, constando todos os dados relacionados ao óbito.

Essas técnicas de enfermagem são cruciais para que o corpo se mantenha com boa aparência até a chegada da família e o próximo encaminhamento, mais que isso, evita contaminações por microrganismos e inibe o mau cheiro. 

O trato com o corpo pelo médico-legista

Há casos em que, do hospital, o corpo é transportado para necropsia. Ou seja, o médico-legista analisa o corpo a fim de investigar a causa da morte.

São três as circunstâncias em que um corpo passa por necropsia

1. Quando a morte foi violenta ou tem causa suspeita, sendo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML);

2. Quando é necessário investigar possível negligência médica, sendo encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO);

3. Quando a morte foi causada por doença desconhecida e que precisa ser estudada, sendo encaminhado para hospitais universitários.

O necropsista analisa crânio, tórax e abdome, de maneira que esse profissional precisa analisar as marcas na extensão da pele, mas também há a necessidade de abri-lo. Assim, a preparação do corpo pós-morte é uma das tarefas pós-necropsia

Na maioria das vezes é preciso realizar o embalsamamento, para que o corpo fique conservado por tempo suficiente e possa ser exibido adequadamente no velório e/ou levado pelo cortejo fúnebre.

Quando é necessário fazer o embalsamamento?

Nem sempre é necessário realizar o embalsamamento. Como dissemos acima, se o corpo precisa de necrópsia essa técnica é a melhor saída, pois é o procedimento que garante a maior durabilidade do corpo, podendo aguardar pelo sepultamento por até 15 dias.

Além disso, o embalsamamento também é realizado se o falecido precisa ser transportado por longas distâncias para voltar à cidade de origem, se o corpo foi gravemente danificado ou caso seja uma exigência familiar.

Essa técnica de preparação do corpo pós-morte tem origem no Egito Antigo e, com as tecnologias atuais, hoje possui grande eficácia. 

O embalsamamento consiste em:

  • Aplicação de formol nas cavidades;
  • Reconstrução de lugares danificados do corpo;
  • Retirada dos fluídos;
  • Preenchimento das cavidades com serragem e conservantes;
  • Injeção de formol nos músculos;
  • Desinfecção da extensão da pele, usando álcool canforado;

Quando realizar a tanatopraxia?

O processo de embalsamamento, no entanto, é altamente sofisticado e grande parte das vezes é dispensável. 

O mais comum mesmo é a realização da tanatopraxia, que faz parte dos serviços funerários ao qual o corpo é diretamente encaminhado depois de sair do local em que foi declarado o óbito.

A técnica é tão difícil quanto o nome sugere. O tanatopraxista não só realiza as tarefas de higienização e desinfecção também realizadas pelo enfermeiro e pelo médico-legista. 

Ela também tem a função de deixar o defunto bonito e agradável para que as pessoas que o amaram tenham um último encontro e uma última lembrança durante o velório.

É função do tanatopraxista realizar o procedimento de preparação do corpo pós-morte da seguinte maneira:

  • Desinfecção, a fim de limpar a pele e proporcionar um cheiro mais agradável;
  • Massagem para desenrijecer o corpo;
  • Pode-se ou não haver a retirada dos órgãos e vísceras, é feita apenas quando há risco de vazar líquidos corporais;
  • Caso seja necessária a retirada, os órgãos são colocados em sacos herméticos e recolocados em seus devidos lugares;
  • Drenagem do sangue, que é substituído por um líquido conservante;
  • Aplicação de conservantes nas cavidades;
  • Reconstrução de partes do corpo, por meio de próteses ou massas específicas;

Como podemos constatar, a tanatopraxia é mais simples que o embalsamamento e é apropriada quando o intervalo de tempo entre a morte e o enterro ou cremação será curto.

Profissional realiza necromaquiagem

Preparação final para as cerimônias

Enfim, a funerária entra efetivamente em ação para os toques finais.

Normalmente, é feita a preparação da face. Se os outros procedimentos foram feitos adequadamente e em tempo viável, essa etapa não vai apresentar problemas. De fato, o rosto é uma das prioridades na preparação do corpo pós-morte.

As membranas do rosto ressecam muito rapidamente de maneira que o fechamento dos olhos é algo que precisa ser feito rapidamente. 

Muitas vezes, são colocados cones de plástico sob as pálpebras, a fim de evitar que os globos oculares afundem.

São aplicados hidratantes na pele, para diminuir o ressecamento da pele e aumentar a agradabilidade da imagem do falecido. 

Os olhos são colados com adesivo em gel e os lábios são costurados à gengiva para não cederem durante o velório.

Embelezamento e decoração do caixão

Por fim, lavam-se e penteiam-se os cabelos, veste-se o falecido com a roupa escolhida pelos familiares e prepara-se o caixão funerário com toda a decoração desejada para o grand finale.

Além disso, também é feita a necromaquiagem, para deixar o rosto sem marcas e corado, com a intenção de oferecer a aparência mais saudável possível.

Por que prezar pela preparação do corpo pós-morte?

Todas essas técnicas têm um motivo óbvio e são praticadas há muito tempo. 

Acontece que nem depois de mortos estamos isentos das convenções sociais. Todos os profissionais e funções aqui listados seguem os termos dos procedimentos padrões para óbitos.

Deixando as questões burocráticas e legais à parte, temos que a imagem do falecido no funeral é importante para que amigos e familiares tenham uma última visão positiva do ente querido.

Imagina só você ter de enterrar um membro da família e se deparar com um serviço de preparação do corpo pós-morte mal feito? A imagem deformada do rosto, os maus odores, os fluidos saindo pelas cavidades (o que é, inclusive, nocivo à saúde do público).

Esses fatores, sem dúvida, arruinariam a cerimônia fúnebre e acabariam por dificultar muito o momento de homenagem e a aceitação da morte. Por isso, é importante que saibamos quais os procedimentos adequados. 

Em tempos de pandemia viral e em casos de mortes por doença infecciosa o trabalho da funerária de preparação do corpo pós-morte é dispensável, uma vez que não pode ser realizado o funeral, para evitar contaminação.

Conheça mais sobre a preparação do corpo pós-morte e os ritos em torno das homenagens fúnebres no artigo: O que é o processo de mumificação, como funciona, ainda é feito hoje?

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