Um falecimento não deixa somente debilidades no emocional, mas também interfere negativamente na vida financeira. Assim, trouxemos dicas para prevenir o bolso em situações de fatalidades.
Acidentes acontecem todos os dias e ninguém está imune a eles. Há muitas formas de preparar o psicológico para enfrentar tragédias, a musicoterapia, por exemplo, é uma delas. No entanto, como manter o orçamento mensal seguro tendo que providenciar um funeral de última hora por causa de uma morte acidental?
Esse é um assunto pouco recorrente quando se fala em mortes súbitas. O foco está sempre nos efeitos emocionais da perda inesperada, na aceitação da morte e em como restabelecer a vida diante da ausência repentina de alguém muito querido e que tanta falta faz!
No entanto, financeiro e emocional são fatores que caminham juntos na nossa sociedade.
Você já parou para pensar como é difícil experimentar as cinco fases do luto por meses seguidos tendo que encarar uma conta bancária no vermelho e sem saber como lidar com esses imprevistos financeiros?
Pior que isso, os saldos negativos são devidos aos gastos com o funeral, o que faz com que a relação com o dinheiro desperte uma lembrança negativa em relação à morte. Sem dúvidas, essa situação parece prejudicial para a readaptação do enlutado.
Enfim, quando se trata da morte acidental, não podemos prevê-la, conseguimos, no máximo, tomar precauções para evitá-la.
Por outro lado, os impactos negativos da desorganização financeira são completamente contornáveis. É possível prevenir o bolso dos danos provenientes de uma tragédia.
Mostraremos como, a seguir, não antes de discutir um pouco sobre a importância de uma reserva de emergência para cobrir acidentes e como isso influencia nos efeitos psicológicos causados pela experiência da morte. Boa leitura!
Quais são os efeitos psicológicos da morte acidental?
Pesquisas indicam que a saúde mental diante da morte é um grande problema da humanidade do século XXI.
Com a pandemia do novo coronavírus, a instabilidade emocional e o medo da morte são questões emergentes entre os psicólogos. Mas o acolhimento para o enlutado, a fim de que ele retome a estabilidade em sua vida, é algo crucial.
Ainda assim, os indicativos são de que mortes inesperadas são as mais dolorosas, pois não há expectativa alguma em relação à perda.
A surpresa mais que desagradável causa um estremecimento nos sentimentos do sobrevivente, fazendo com que viver o luto e seguir em frente sejam movimentos mais delicados que aqueles que envolve uma morte previsível.
Além disso, a morte acidental é obra do acaso, de maneira que as fases inciais do luto — negação, raiva e barganha —, descritas nos estudos de Elisabeth Ross, podem ser demasiadamente demoradas.
Entenda melhor como acontece o luto nas mais diferentes situações. Confira: Animais também sentem o luto? Saiba tudo sobre o luto pet!
As fases do luto na morte acidental
Veja bem, se o luto começa com a negação da morte, a descrença, a não aceitação da realidade, é muito mais difícil desvencilhar-se disso diante de uma morte acidental que diante de uma morte por doença, por exemplo.
Uma pessoa saudável que morre inesperadamente gera uma comoção muito grande até em pessoas bem distantes do falecido.
Pessoas próximas, que sofrem pela perda com fervor, podem arrastar a negação de uma morte acidental por muito tempo, fantasiando a realidade, buscando mentalmente maneiras de reverter os fatos e culpando-se.
Frases como “se eu tivesse saído cinco minutos mais cedo, isso não teria acontecido”, são muito recorrentes nessa etapa, fazem parte do conflito natural do enlutado, mas acometem ideias que precisam ser superadas para a garantia de uma vida saudável.
Esse é um assunto delicado e de difícil compreensão, uma vez que cada um experimenta a morte à sua maneira.
No entanto, o filme brasileiro Não por acaso (2007), com Rodrigo Santoro, Leonardo Medeiros e Letícia Sabatella, trata do tema da morte acidental e do luto nesse contexto de uma maneira extremamente produtiva, pois representa essas questões que pincelamos aqui com muita beleza.
Como superar uma morte acidental?
Não há receita para resolver os problemas do coração. É preciso uma grande autoconfiança para vivenciar um momento trágico e sair ileso, de fato, esse é o foco das terapias de luto: desbravar os sentimentos, desvencilhar-se da culpa, compreender a realidade e desenvolver confiança suficiente para seguir adiante.
A ideia não é sair ileso, na verdade, pois a vida nunca mais será a mesma e a ausência da pessoa amada estará sempre presente.
Assim, o objetivo é conseguir viver saudavelmente, mesmo com essa ausência, ser capaz de alcançar certa segurança emocional e controlar a própria vida, sem deixar de valorizar aquele que se foi.
Por isso, as terapias de luto são extremamente importantes para pessoas que não conseguem se reerguer depois de uma morte acidental, uma situação marcante, mas que não precisa significar a derrocada do enlutado.
Para saber mais, leia também: Como viver o luto: saiba lidar com o sentimento do sobrevivente.
Claro que a terapia resolve o emocional, mas o problema financeiro gerado pelos gastos com o funeral de última hora não só torna os sentimentos do luto ainda mais críticos, como também pode ser irreversível dependendo da condição social de quem precisa arcar com os custos da morte acidental.
No entanto, independentemente de sua renda mensal, isso é totalmente evitável, basta um pouco de organização e provisão para o futuro. Os próximos tópicos são dedicados a isso.
Você que está preocupado com os efeitos da morte, pode se interessar por essa dica de leitura: Um mar de recordações: o que fazer com os pertences do ente querido?
O custo de um funeral não planejado
Enterrar ou cremar alguém pode gerar gastos exorbitantes, a depender da sofisticação que se deseja para os diferentes momentos do funeral. Mesmo funerais simples são muito caros no Brasil, pois envolve uma extensa lista de serviços e produtos essenciais.
Quem desconhece os preparativos básicos para o funeral pode ficar ainda mais abalado ao conferir a soma total dos investimentos.
Preparação do corpo, urna mortuária, decorações, documentação, espaço do velório, cerimonialista, translado funerário. Essa é a lista de aquisições indispensáveis para um funeral, seja ele cremação ou sepultamento.
Em caso de cremação, somam-se ainda a urna cinerária, a taxa do crematório e, provavelmente um transporte a mais. Tudo isso custa, no mínimo, R$ 3 mil, sendo bem otimista.
Em caso de sepultamento, à lista básica acrescentam-se espaço no cemitério, jazigo, serviços de pedreiro e coveiro, lápide, entre outros tantos incrementos possíveis.
Dessa forma, um enterro no Brasil hoje custa pelo menos R$ 5 mil, sem contar os gastos futuros com manutenção, exumação e ossário.
É necessário destacar ainda que uma morte acidental pode exigir reconstrução facial ou de outras partes do corpo, a depender do tipo de acidente, para garantir um funeral digno, o que encarece muito os gastos com a preparação do corpo.
Usando da honestidade, podemos calcular cerca de R$ 8 mil de investimento em um funeral com tudo que se tem direito e homenagens bem feitas, embora sem luxos.
Agora, a pergunta que não quer calar: que brasileiro hoje tem esse poder de compra?
Como evitar que os custos do funeral não sejam um peso eterno e uma preocupação que pode dificultar a recuperação do enlutado? Confira a seguir.
Como se preparar financeiramente para uma morte inesperada?
Felizmente, ninguém mais precisa se endividar para custear um funeral. Com um pouco de informação e pesquisa, é possível encontrar as melhores opções.
No entanto, em situações de morte acidental, quem não está preparado não tem tempo de se informar e pesquisar os melhores preços.
O funeral exige tantos detalhes e pormenores, que é praticamente impossível lidar com tudo isso do dia para a noite sem desembolsar uma boa quantia de dinheiro para que a casa funerária faça sua parte.
Um funeral mal planejado e de última hora é o grande inimigo da estabilidade financeira. Assim, é um alívio saber que há meios para não passar por isso, no entanto, é preciso planejamento prévio.
Não pense que planejar-se antecipadamente para bancar a morte é algo mórbido. Pelo contrário, faz parte do entendimento da vida: todos vamos morrer, então é melhor estar preparado!
A melhor parte é que você não precisa fazer muita coisa. Basta contratar um plano funerário e veja a magia acontecer: funeral pronto, com toda a cobertura para mortes acidentais e sem dívidas futuras.
Confira: 5 desvantagens de não ter um plano funerário.
A importância do plano funerário em casos de morte acidental
Com a contratação de um plano funerário, você dissolve os custos de uma possível morte em pequenas parcelas mensais.
Assim, é um dinheiro que você não sente sair e nunca será perdido, pois, apesar de não sabermos como nem quando, uma coisa é certa: a morte chegará.
Em mortes acidentais, não somente todos os gastos com o funeral são custeados, mas há também o seguro internação, para cobrir os serviços hospitalares, e a assistência automotiva e imobiliária (afinal, grande parte dos acidentes que levam à morte geram prejuízos nos carros ou nas residências, como em acidentes de trânsito ou incêndios).
Você não precisa se preocupar com o financeiro, não precisa correr atrás das prestadoras de serviços ou das casas funerárias, pois isso faz parte do pacote e é responsabilidade da assistência funerária, não gasta tempo e energia pensando em preparação do corpo e afins.
Além de sair com o bolso ileso, você garante o seu precioso tempo para digerir a fatalidade e poder ter espaço para viver o luto sem preocupações externas, que, como vimos, podem tornar o processo muito mais doloroso, cansativo e tortuoso.
Como estamos falando sobre o futuro e preparar-se para a morte, aí vai a indicação de um artigo relacionado: 7 Coisas para fazer antes de morrer que você não deve deixar para trás.