Se você pudesse escolher a ocasião de sua morte, optaria por uma morte acidental ou natural? Tal escolha é impossível, mas podemos, pelo menos, evitar um acidente. Descubra como neste artigo!
Quantas vezes você já não ouviu alguém dizer “fulano morreu de morte matada”, “ciclano morreu de morte morrida”? No entanto, entre o assassinato e a morte natural, há ainda a morte acidental, que ceifa muitas vidas anualmente no Brasil e poderia ser evitada, com alguns simples cuidados.
A morte natural talvez seja a mais almejada por todos. Aquela ideia de uma morte tranquila, do idoso deitado na cama que adormece e não acorda mais. Seria realmente espetacular se todos vivessem seu ciclo completo e pudessem falecer no momento estipulado pelo tempo biológico.
Não obstante, há vários motivos para a expectativa de vida no Brasil não passar dos 72 anos, podendo chegar a 74 anos em uma média mundial.
Ainda que esses números sejam recordes históricos – pois a humanidade alcança, hoje, uma longevidade nunca antes vista – há muitos fatores que levam grande parte da população a não experimentar uma morte tranquila.
Acompanhe este artigo para entender quais são os principais fatores de interrompimento precoce da vida, com destaque especial para as mortes acidentais.
Esperamos que, com as informações que selecionamos, nossos leitores tomem as devidas precauções para evitar acidentes mortais e saibam como os planos de seguros de vida se comportam quando o assunto é morte acidental.
Respire fundo, acalme o coração e encare os infortúnios que podem assolar qualquer ser humano!
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As mortes morridas
O que popularmente é chamado de “morte morrida” diz respeito a uma morte natural, ou seja, que não foi intencional nem causada por outro ser humano.
Nem todo mundo morre de velho, afinal a morte natural pode vir a ocorrer também com pessoas que ainda não chegaram no limite da longevidade.
O óbito precoce por conta de doenças letais não é incomum. Parece mesmo que ficamos experts nisso a partir da pandemia de covid-19. Vírus como este existem aos montes e sempre existirão.
Felizmente já enfrentamos e superamos vários deles, tais como o vírus da AIDS, do ebola, da raiva, da varíola, da gripe e da dengue.
É claro que doenças virais ainda matam muita gente, mas já desenvolvemos tecnologia suficiente para controlar e evitar esse tipo de morte.
Por outro lado, há as mortes súbitas. São igualmente causadas por motivos naturais, mas não são previsíveis e, portanto, difíceis de evitar e/ou tratar. As mortes súbitas estão, em sua maioria, associadas a problemas nos sistemas nervoso e cardiovascular.
Existem também mortes naturais causadas por doenças crônicas, degenerativas ou genéticas.
Para todos esses casos já há pesquisas e profissionais especializados no estudo e no tratamento de cada uma das inúmeras doenças mortais que assolam o ser humano.
Assim, uma morte natural pode vir a ocorrer nas seguintes situações: por infecção de microrganismos, por doenças próprias do sistema biológico humano ou por que o corpo atingiu seu limite de tempo na Terra.
A morte matada
A vulgarmente conhecida como “morte matada” condiz àqueles óbitos causados por homicídio culposo, homicídio doloso ou suicídio.
Independentemente da condição que levou a pessoa a falecer, tanto o assassinato quanto o suicídio, não são enquadrados como morte natural nem como morte acidental.
A morte matada é aquela completamente evitável, causada por outro ser humano ou quando o sujeito fere a si mesmo.
Diz respeito propriamente às relações dos indivíduos dentro de uma sociedade. Ou seja, são as mortes causadas pelos próprios seres humanos.
São muitos os momentos históricos que se destacam por conta de assassinatos, dentre eles estão:
- Genocídios;
- Guerras,
- Chacinas;
- Massacres;
- Conflitos;
- Feminicídio;
- Intolerância religiosa;
- infanticídio;
Tudo sempre motivado por diferenças sociais, culturais ou interesses políticos, os suicídios também se encaixam dentro dessas motivações.
De qualquer maneira, a violência é uma característica do comportamento humano e está sempre em alta no índice de causas de mortes precoces.
Nem todo homicídio, no entanto, é motivado pela violência. São eles os homicídios culposos, quando não há a intenção de matar. Essa categoria entra para a lista de mortes acidentais, das quais trataremos a seguir!
Em nosso blog você encontra também: Pensão por morte: quem tem direito? Quais são as regras? Veja!
O que é uma morte acidental?
A morte acidental se difere das outras duas porque não é nem uma condição biológica nem um ato de violência deliberada. Significa, então, aqueles incidentes tão extremos que levam a pessoa a óbito.
Um escorregão em que a pessoa fere algum órgão de maneira fatal, um afogamento, um choque elétrico, uma queda, uma intoxicação, um acidente de trânsito, uma negligência médica… e por vai. A lista de acidentes possíveis é interminável.
O site de notícias Hypescience preparou uma lista de mortes acidentais inusitadas, que podem ser uma curiosidade interessante para ler.
No entanto, nem toda morte acidental é assim, tão excêntrica.
O que alguns chamam de azar pode ser completamente evitável se tomarmos os devidos cuidados para com o nosso bem mais precioso: a vida.
Veja a seguir os casos mais comuns de mortes acidentais.
Erros médicos
O número de mortes que poderiam ser evitadas em hospitais ou no ato do socorro é incrivelmente impressionante.
São dezenas de milhares de mortes anualmente no Brasil causadas por negligência médica ou má conduta profissional.
Claro que nenhum médico quer destruir sua carreira e levar o paciente à morte de propósito. Essas são, então, mortes consideradas acidentais.
O profissional responsável pode responder por homicídio culposo e a família da vítima tem o direito a entrar com processo e solicitar indenização.
Acidentes de trânsito
As mortes acidentais por acidentes de trânsito são enormemente recorrentes. Os acidentes que envolvem motociclistas têm uma tendência maior a levar a óbito, afinal pessoas em motos estão muito mais desprotegidas.
Estudos feitos em relação ao ano de 2020 informam que morreram 80 pessoas por dia no Brasil no ano passado.
De pensar que poderíamos evitar oito dezenas de mortes se todos optassem por uma direção defensiva já desperta aquela descrença na humanidade.
Não é novidade que as normas de trânsito estão aí para que todos possam circular com segurança. Assim, também faz parte da legislação a incidência de homicídio culposo em casos de mortes em acidentes de trânsito.
O motorista sobrevivente pode ainda responder por homicídio doloso caso ele seja identificado como o responsável pelo acidente.
A lei diz que o motorista que dirige bêbado, avança no sinal vermelho, atropela alguém na faixa de pedestres, entre outras situações, está ciente de seus deveres a partir do momento que realizou o Curso de Formação do Condutor.
De maneira que, infringir as leis de trânsito a ponto de causar a morte de alguém pode ser considerado um homicídio intencional, uma vez que o condutor tem ciência dos riscos que corre ao optar por determinadas más condutas.
Afogamentos
Mortes acidentais por afogamentos são muito comuns no Brasil, em especial durante as férias de verão, em que os turistas passeiam pelos litorais e decidem viver toda a sorte de aventuras no desconhecido e traiçoeiro oceano.
Sem dúvida, o ser humano é um animal terrestre e toda e qualquer experiência que envolva imergir-se na água deve ser feita com muito cuidado.
A maioria das vítimas de afogamento são crianças, o que pode-se configurar como negligência por parte dos responsáveis que não supervisionam o lazer das crianças na água.
Mortes acidentais envolvendo crianças
Quando falamos de morte precoce a situação fica ainda mais lamentável quando as vítimas são crianças, aquelas que ainda têm toda a vida pela frente e que são as responsáveis pela definição do futuro.
Infelizmente, os acidentes com crianças no Brasil são extremamente comuns. Longe de querer culpar os pais, mães ou responsáveis por isso.
Mas, é importante destacar que as crianças não têm a noção do perigo, ainda não desenvolveram instintos de proteção e precisam de supervisão redobrada.
Dentre as principais causas de mortes acidentais com crianças estão:
- Acidente de trânsito;
- Afogamento;
- Sufocamento;
- Queimadura;
- Queda;
- Intoxicação.
Diante dessa lista, não é preciso dizer que com um pouco de cuidado poderíamos diminuir as estatísticas de morte infantil.
Não podemos nos enganar, no entanto, achando que apenas as crianças são capazes de dar sorte ao azar. Muitos adultos se colocam em situações de risco sem pensar nas consequências devastadoras de suas ações.
Em maio de 2021 a polêmica em torno da morte do cantor MC Kevin chamou a atenção de todos os brasileiros. Confira:
A morte acidental de MC Kevin
Em 16 de maio, o cantor de funk MC Kevin veio a óbito depois de cair da varanda do quarto de hotel em que estava hospedado no Rio de Janeiro.
A história veio a público e ganhou muita repercussão por conta dos depoimentos das testemunhas que acabaram revelando que o cantor estava traindo sua esposa e que a queda aconteceu quando ele tentava pular de uma janela a outra para evitar ser descoberto.
Fofocas à parte, foi necessário toda uma perícia no local e uma avaliação de corpo delito por um médico-legista até chegar-se à conclusão de que a queda do cantor realmente foi acidental.
Nossa intenção ao destacar esse caso é exatamente exemplificar como é feita uma investigação de morte até ser declarada a causa da morte como acidental.
A declaração do óbito como morte acidental precisa passar por especialistas, sempre por um médico-legista, por vezes pela perícia policial.
Além disso, o caso do MC Kevin é um exemplo palpável de como algumas imprudências podem ter fins devastadores.
Se você está lendo este artigo por que passou recentemente por alguma situação parecida, deixamos aqui nossos pêsames e uma dica de leitura que pode lhe ajudar: Palavras de conforto para encontrar a paz.
Seguro por morte acidental
Não é possível dizer se o cantor tinha um seguro de vida que cobria morte acidental.
Mas, a essa altura da leitura, é compreensível que nossos leitores, conscientes das fatalidades a que estão suscetíveis em seu cotidiano, queiram saber como manter a estabilidade familiar para casos como estes.
Os seguros de vida deviam ser uma prioridade para todos, pois ele garante que os dependentes não fiquem em uma situação financeira vulnerável caso o provedor da família venha a óbito.
Nem todo seguro de vida cobre a morte acidental, assim, é preciso estar bastante atento às cláusulas contratuais para saber qual plano está sendo contratado. Os seguros por morte acidental têm classificações específicas para os tipos de mortes.
Com a cobertura por morte acidental, se o óbito for enquadrado nessa classificação, os dependentes recebem o benefício de imediato, de maneira a não ficarem desamparados nem no momento de contratação dos serviços funerários.
Se você não tem seguro de vida, procure uma seguradora e informe-se sobre os planos que incluem as mortes acidentais.
Caso você já tenha seu plano de seguro de vida, vale informar-se exatamente como a seguradora lida com mortes acidentais, a fim de entender se seu pacote contempla esse tipo de óbito.
Deixamos aqui uma dica para você: a Amar Assist é uma seguradora renomada que possui uma política muito idônea e que oferece a seus clientes opções de seguro de vida que cobrem morte acidental.
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Não dê sorte ao azar
Evite colocar-se em situações de risco, cuide do seu corpo, preze sua vida e fique sempre atento às crianças e às brincadeiras a que elas se dispõem. O falecimento precoce por morte acidental, como vimos, pode acontecer com qualquer um e, por ser algo involuntário e não planejado, é completamente evitável.
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