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Dia dos Finados: uma celebração universal? Descubra agora!

A história do Dia dos Finados é muito interessante e pode nos ajudar a entender em que se baseiam as tradições que acontecem anualmente em diferentes países. Confira agora tudo sobre essa data e veja como é celebrada em vários locais!

Papa Francisco celebrando a missa de finados no Vaticano em 2 de novembro de 2020.

O Dia dos Finados é uma data com origem no cristianismo, mais especificamente no catolicismo, que fixou o dia 2 de novembro como aquele em que se dedica a oração a todos os mortos

Mas, até chegar ao formato que conhecemos hoje, o Dia dos Finados passou por diversas transformações e mudou a forma como é celebrado diversas vezes.

Além disso, a celebração aos mortos acontece em diferentes lugares do mundo, com práticas diversas e ocupando também dias diferentes no calendário. Assim, o Dia dos Finados que conhecemos no Brasil não é o único e nem definitivo.

Não só os cristãos dedicam um dia de oração aos mortos. Os judeus e budistas também possuem a sua maneira de aproximar-se e lembrar-se daqueles que já se foram. 

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Além de que, mesmo religiões menos difundidas, como as indígenas, possuem a sua própria maneira de cultuar os finados.

Presente ao redor do globo e ao longo da História, lembrar-se dos mortos é um rito que faz parte da humanidade. Há uma necessidade intrínseca à natureza humana de manter a reflexão sobre a misteriosa relação entre a vida e a morte.

Vejamos, então, qual o significado histórico do Dia dos Finados e quais suas variações entre Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos e Halloween.

Gosta de conteúdos sobre História? Leia também: O que é o processo de mumificação, como funciona, ainda é feito hoje?

Qual a história do Dia dos Finados?

O culto aos mortos vem de uma tradição não-cristã. Culturas saxãs e indígenas da Antiguidade, tal qual os celtas e os astecas, realizavam rituais para lembrar-se dos mortos. 

Baseadas na crença da vida após a morte, havia a necessidade de aproximação entre os viventes no plano terrestre e as almas daqueles que já estavam em outros planos.

Aos poucos, esse tipo de celebração foi também ganhando os contornos de recordar das pessoas amadas falecidas. Algo que se faz importante para que aqueles que ainda estão vivos possam lidar com a perda e com a dor do luto.

Mas como uma tradição tão distante do cristianismo deu origem ao Dia dos Finados do calendário católico? Saiba tudo no tópico abaixo!

Curiosidade: O que é um mausoléu? Conheça os 15 mais famosos do mundo.

Como começou o Dia dos Finados cristão?

O encontro entre culturas durante o Império Romano fez com que a Igreja estipulasse novas diretrizes a fim de aproximar-se das tradições populares.

O cristianismo não aprovava a celebração aos mortos, alegando que a Bíblia informa que depois da morte vem o juízo, não cabendo aos vivos a interferência em relação aos mortos. Muitos evangélicos seguem este princípio até hoje.

No entanto, a população não-cristã sempre teve seus momentos de oração aos mortos. A troca intercultural promovida pelas migrações e pelas dominações romanas fez com que os católicos, aos poucos, apropriassem-se de cultos aos mortos e o celebrasse.

Assim, o dia de rezar por todos os mortos popularizou-se entre os católicos a partir do século V. O grande influenciador dessa prática foi o monge Odilo de Cluny, que, no século X, difundiu entre os fiéis de sua ordem a prática de orar pelos mortos.

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Então, a partir do século XI, os papas determinaram a obrigação de dedicar orações aos falecidos. Utilizando-se de passagens bíblicas para sustentar a decisão, a Igreja instituiu oficialmente o Dia dos Finados em 2 de novembro, no século XIII.

A data ficou assim determinada um dia subsequente ao Dia de Todos os Santos, criando um calendário coeso de práticas da tradição cristã: em 1 de novembro celebra-se aqueles que estão no Paraíso e um dia depois rezasse pelas almas dos demais mortos.

Saiba mais sobre práticas do cristianismo em relação à morte em: Missa de sétimo dia: como marcar e como convidar os amigos e parentes para a homenagem.

Disseminação do Dia dos Finados

A Igreja Católica, com seu calendário e suas práticas, estabeleceu grande poder entre as culturas do Ocidente durante a Idade Média

O poder político e a influência de conhecimento que a Igreja exercia – com a detenção da produção de manuscritos e da divulgação de informação – fez com que tradições como o Dia dos Finados fossem adotadas pelas populações que estavam sob tal influência.

Assim, as apropriações foram ganhando diferentes contornos devido à combinação das culturas específicas de cada povo com as práticas católicas.

A influência da Igreja modificou até mesmo as tradições que não se enquadravam no catolicismo. Havendo trocas culturais e adaptações entre judeus, budistas e populações das mais diversas crenças que foram ou influenciadas ou dominadas pelos católicos.

Hoje, essa miscelânia de encontros culturais chega a um ápice nunca antes imaginado. A influência católica já não é mais tão determinante quanto era antes, a laicização do Estado promoveu um certo distanciamento entre a política e a religião.

De maneira que as manifestações religiosas em torno do Dia dos Finados, ou Dia dos Fiéis Defuntos, estão difundidas ao redor do mundo. 

No entanto, possuem estruturas diferentes em cada país, uma vez que o catolicismo e as culturas locais influenciaram-se mutuamente, criando tradições específicas em cada lugar.

A universalização do Dia dos Finados

Dia dos Finados, Dia de los Muertos e Halloween, são algumas das conhecidas manifestações relacionadas a esse histórico dia que acabamos de descrever. Tornando, assim, a dedicação à recordação daqueles que já se foram uma prática universal. 

Confira mais sobre essas celebrações e saiba como o Dia dos Finados é celebrado em vários locais do mundo!

Altar do Dia dos Mortos, México.

Lo Día de Los Muertos

É uma prática anual no México, claramente uma tradição formada a partir do encontro intercultural. A data se dá em 2 de novembro, o que torna evidente a influência do calendário católico.

No entanto, os ritos são totalmente diferentes daquilo que prega o catolicismo. As comemorações ocorrem entre 31 de outubro e 2 de novembro e seguem padrões de rituais com origem indígena.

De fato, essa celebração que acontece no México e tornou-se uma marca da cultura desse país tem raízes formadas há mais de três mil anos, muito antes da formação da América Espanhola.

Povos ameríndios, como astecas, maias, purépechas, náuatles e totonacas, são os verdadeiros criadores do Día de Los Muertos e foi a partir deles que a tradição se estabeleceu tal como é atualmente.

A celebração não ocorre somente no México, mas também em outros países da América Central, o que torna ainda mais evidente a origem ameríndia da tradição. 

A ideia em torno dessa comemoração é de que o dia 2 de novembro é quando os mortos têm autorização para visitar o mundo dos vivos. Assim, os vivos preparam-se para recebê-los com muitas comidas, música e decorações coloridas.

Com isso, o Día de los Muertos é uma mistura entre as tradições católicas trazidas pelos espanhóis na época da colonização e os rituais locais oriundos dos povos nativos. A celebração foi declarada pela UNESCO como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

Aqui vai uma dica de leitura imperdível para os curiosos: Você sabe o que é reencarnação? Entenda o seu significado!

Lanternas na água para guiar as almas, tradição do Festival Obon, Japão.

O Festival Obon

No Japão, o Dia dos Finados toma a forma do Festival Obon, da tradição budista. Algumas regiões realizam as festas entre os dias 13 e 16 de julho, pois seguem o calendário lunar. Outras as realizam entre 13 e 16 de agosto, guiadas pelo calendário solar.

A intenção é de levar felicidade às almas das pessoas queridas e também acredita-se que nesse período os mortos vêm ao mundo terreno para visitar seus descendentes.

O culto aos antepassados é muito importante no budismo e todo rito envolve histórias dos manuscritos de Buda. A origem do Obon tem também lugar nessas escrituras.

Os textos dizem que Mokuren, um entre os dez discípulos de Buda, conhecido por seus poderes sobrenaturais, estava preocupado com o bem-estar de sua falecida mãe. Ele visitou os diferentes planos pós-vida a fim de encontrá-la.

Encontrou-a no mundo dos espíritos famintos em condições miseráveis. Vendo que a alma da mãe sofria, Mokuren tenta alimentá-la, mas não consegue: seus poderes não funcionavam naquele plano.

Buda orientou-o a aguardar passar a temporada de chuvas e depois reunisse os monges para dedicar-se a alimentar todos os mortos que sofriam nas mesmas condições que sua mãe.

A partir disso, os três dias de julho ou agosto são dedicados no Japão a alimentar e satisfazer os finados. Monta-se altares de adoração, visita-se os túmulos, faz-se oferendas e acende-se velas, lanternas e labaredas para guiar as almas até as casas de seus descendentes. 

Quer saber mais sobre a cultura japonesa, o artigo a seguir é perfeito pra você! A morte do outro lado do globo: conheça o funeral no Japão.

O Halloween

Marca registrada dos EUA, a tradição é difundida por muitos países ocidentais e ganha novos formatos em cada lugar. No entanto, sua origem vem da população celta e tem uma forte relação com o Dia dos Finados católico.

Apesar de ser conhecido como o Dia das Bruxas, a comemoração do dia 31 de dezembro tem raízes religiosas, muito mais relacionada aos misticismos em relação aos mortos que a questões de magia, feitiçaria ou seres não humanos.

O termo halloween vem da expressão All Hallow ‘s Eve que significa Véspera de Todos os Santos, qualquer aproximação com a relação entre o Dia de Todos os Santos e o Dia dos Finados do calendário católico não é mera coincidência.

A influência celta nas tradições do cristianismo é inegável e a mistura entre as diferentes práticas e crenças, somadas à expectativa individual de cada indivíduo faz com que algo como o Dia das Bruxas seja construído e completamente ressignificado ao longo da História.

Quer um pouco mais de História? Acesse: Medo da morte: conheça a sua construção histórica e saiba como superá-lo.

O Halloween como uma celebração aos mortos

De toda forma, o Halloween é um dos mais autênticos Dia dos Finados. Os símbolos usados hoje, como as cores laranja e preto, o entalhe em legumes e as máscaras todos têm seus significados ligados à cultura celta.

A tradição diz que neste dia os espíritos descem à Terra. Assim, as fantasias servem para enganá-los, de maneira que as almas podem circular pelo ambiente sem incomodar ou amedrontar os vivos.

Já o costume das crianças pedindo doces parece estar relacionado a práticas católicas da Idade Média, em que as crianças, na passagem para o Dia de Todos os Santos, passavam pelas casas fazendo orações e recebiam em troca os bolos para as almas.

Entre o cristianismo romano medieval e as tradições das culturas consideradas pagãs está o Halloween. Levado pelos irlandeses aos EUA, criou uma forte tradição voltada para o entretenimento e apropriada pelo consumismo.

Ainda hoje, muitos católicos usam a data como um pré-Dia de Todos os Santos, de maneira que dedicam-se a voltar os pensamentos aos falecidos. Acendendo velas em seus túmulos, participando de cultos nas igrejas e abstendo-se do consumo de carne.

O Dia dos Finados no Brasil

Aqui, em nosso querido país tropical, fortemente influenciado pelo calendário católico e pelas tradições dessa religião, seguimos muitas vezes as datas e os feriados sem realmente saber o que elas significam.

Apenas aqueles que frequentam alguma igreja católica com consciência realizam os cultos com o objetivo original. Evangélicos e pessoas de outras religiões são afetadas pelo calendário, mas rejeitam as práticas promovidas no dia 2 de novembro.

De um modo geral, o Dia dos Finados é a data reservada para que nos recordemos das pessoas queridas falecidas, independentemente dos sentidos embutidos por trás das cortinas. 

Assim conclui-se que, seja no Japão, no México, nos EUA ou na Itália medieval, a mistura intercultural dessas diferentes práticas e crenças só pode significar uma coisa: o culto aos mortos é importante para todos os humanos.

Mensagens para o Dia dos Finados

É de bom tom prestar condolências no Dia dos Finados para os familiares de uma pessoa próxima falecida. 

Em tempos de pandemia e com as restrições de circulação por conta das medidas sanitárias está limitada a prática de ir às igrejas e ouvir o que padres, arcebispos e até mesmo o Papa têm a dizer, a fim de inspirar-se com as palavras dessas figuras cheias de sabedoria.

Ainda assim, é importante enviar suas lembranças para aqueles que buscam palavras de conforto diante da perda de um ente querido. Mesmo que essa morte tenha acontecido há algum tempo, a ausência faz com que a dor esteja sempre presente.

Assim, acolha um amigo ou um familiar que não pode mais ter o prazer de viver com a pessoa amada.

Confira nos artigos indicados a seguir dicas de frases e mensagens para enviar seus sentimentos no Dia dos Finados:

Se você perdeu alguém recentemente ou quer saber como confortar alguém que está vivendo o luto, confira o artigo a seguir: Conheça uma lista de músicas de luto que ajudam a superar a perda.

E então? Achou legal ter um artigo que reúne uma visão ampla e universal de práticas que fazem parte de nossa cultura, mas que não sabemos exatamente por quê?

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