Não sabe o que fazer com as cinzas da cremação? Conheça algumas das opções mais inusitadas e modernas, como transformá-la em diamante!
Em Portugal, há os chamados “Jardim da Memória”, específicos para espalhar as cinzas de cremação. No Japão, criaram cemitérios high-tech, com gavetas compactas e de acesso restrito, exclusivas para guardar as cinzas e realizar homenagens aos falecidos. E no Brasil, o que podemos fazer com as cinzas de cremação?
Há um fato inegável: a cremação tem ganhado cada vez mais popularidade. A necessidade de uma alternativa para destinar os corpos que seja barata, ecologicamente correta e que ocupe pouco espaço fez com que até mesmo a Igreja Católica revogasse a proibição da cremação.
Ainda assim, cada pessoa, cada família, inserida em suas culturas e crenças específicas, possuem expectativas diferentes em relação a qual destino dar às cinzas da cremação e se elas seram guardadas ou espalhadas por algum local.
E claro que a criatividade humana combinada com a necessidade histórica de se realizar cultos fúnebres e homenagens póstumas levou ao desenvolvimento de diferentes estratégias do que fazer com as cinzas da cremação.
Acompanhe este artigo e descubra as opções viáveis de destino para as cinzas no Brasil!
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Por que optar pela cremação?
Hoje em dia a escolha pela cremação não depende apenas de crenças religiosas ou da vontade individual de cada um.
Assim, a popularidade de transformar o corpo em cinzas em detrimento do sepultamento se dá por uma questão infraestrutural, de meio ambiente e também financeira.
Por isso, a prática da cremação tem ganhado cada vez mais adeptos nas diferentes culturas ao redor do mundo. Dentre os motivos para esse fenômeno social estão:
- Falta de espaço: há constante superlotação dos cemitérios tradicionais, o que tem tornado sua manutenção inviável;
- Problemas sanitários: a cremação é o único método completamente seguro para evitar contágio de doenças infecciosas através dos corpos que vieram a falecer por conta desse tipo de enfermidade;
- Os procedimentos do sepultamento: qualquer corpo que foi enterrado (inumado) será algum dia removido (exumado), para liberar o espaço que ocupava, este fato faz com que o sepultamento não seja uma solução definitiva, o que leva muitas pessoas a serem desencorajadas a realizar tal procedimento;
- Questões ambientais: a cremação é inofensiva ao meio ambiente, enquanto o corpo em putrefação embaixo da terra pode causar contaminação;
- Baixo custo de manutenção: o sepultamento e a manutenção do jazigo são custos com que a família tem que arcar para sempre, enquanto com a cremação esse valor é reduzido consideravelmente;
- A simplicidade da cremação: mesmo sendo um procedimento altamente tecnologizado, a cremação apresenta etapas simplificadas, pois é definitivo, ao contrário do sepultamento em que o corpo além de ser exumado também gera a necessidade de ser transferido para um ossário depois de algum tempo.
Além desses motivos citados, com a pandemia por covid-19 a cremação tem sido amplamente recomendada, por conta das medidas sanitárias de contenção da transmissão do vírus. Saiba mais em: Tudo o que você precisa saber sobre sepultamento em tempos de Covid-19.
Quais os custos da cremação?
A cremação pode não parecer uma opção muito barata, mas se for considerar os gastos contínuos demandados pelo sepultamento conclui-se que a transformação do corpo em cinzas é de fato a alternativa mais econômica.
Uma cremação custa em média R$20 mil considerando todos os gastos em sua totalidade, para nunca mais ter que investir nem um real. Enquanto o enterro continua gerando gastos por anos a fio.
Esse é um dos motivos da popularidade da cremação. Acontece que os planos funerários têm realizado soluções facilitadas para incluir a cobertura de cremação.
O parcelamento e o fechamento de um pacote de serviços por meio do plano funerário faz com que os gastos com a cremação diminuam consideravelmente. Isso principalmente quando se contrata planos familiares, em que todos estão segurados mesmo em casos de morte súbita.
Assim, o planejamento financeiro e a reserva financeira relacionados aos custos que se tem depois do falecimento ficam muito mais palpáveis aos brasileiros que optam por planos funerários. Nem todos cobrem a cremação, por isso, no momento da contratação é preciso ficar atento para:
- Quais são os serviços inclusos no plano;
- Quantos dependentes podem usufruir dos serviços;
- Quais despesas de cremação são cobertas pelo plano, entre aqueles que são essenciais: transporte do corpo; aluguel de câmara fria; cremação; urna para armazenamento das cinzas
A contratação de um plano funerário pode ser uma ótima opção ou também pode ser uma cilada para o contratante mal-informado.
Por isso, informe-se e procure empresas comprometidas. Nossa dica é a Amar Assist, que oferece máxima transparência nos diálogos com os clientes, além de ter cobertura ampla.
Leia também: Saiba como funciona um plano funerário e porque contratar.
Cremação concluída, e agora? O que fazer com as cinzas?
O destino das cinzas após a cremação são diversos, podem ser gratuitos ou superinvestimentos. Mas todos configuram-se em lindas homenagens ao falecido e favorecem as possibilidades de superar a dor do luto de quem fica.
É importante destacar que o processo de cremação conta com o tratamento das cinzas, ou seja, a incineração torna as cinzas estáveis e estéreis, de maneira que não são nocivas à saúde nem à natureza.
Vejamos então, algumas opções criativas de o que fazer com as cinzas da cremação:
1. Manter em um lugar sagrado
Essa é a opção preferida dos adeptos ao catolicismo, porque, apesar de a Igreja Católica já não considerar mais a cremação como um ato proibido e condenável – por todos os motivos elencados anteriormente – a orientação aos fiéis é de mantê-las em um lugar sagrado, tais como lugares específicos na própria igreja ou jazigos para urnas em cemitérios.
Não só os católicos reservam um local específico para as cinzas. Os templos e cemitérios budistas, por exemplo, são tradicionalmente lugares sagrados para armazenamento de cinzas, as quais, ficam em locais especiais.
Dessa maneira, é possível cremar e manter os restos mortais em um jazigo próprio.
Atualmente, esse tipo de lugar já não é mais a sepultura tradicional, são espaços mais compactos, que demandam menos custos de manutenção, mas que mantém seu objetivo intacto: a homenagem ao falecido e o culto religioso.
Quer conhecer cemitérios modernos? Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre Cemitério Vertical
2. Devolver à natureza
A tradição do enterro de um corpo morto é muito forte na cultura ocidental, então muitas pessoas continuam a realizar esse tipo de culto.
Com a cremação, o enterro das cinzas recebe um novo significado. Há urnas biodegradáveis, de maneira que, depositando as cinzas em uma delas é possível enterrá-las e devolver o corpo à terra em forma de pó, como faz-se desde anos longínquos.
Com essa atitude, muitos optam por plantar uma árvore ou arbusto em cima de onde as cinzas foram enterradas, fazendo com que o corpo do falecido passe a fazer parte da natureza e gere novos frutos ao incorporar-se à energia da planta.
3. Espalhar pelas águas
Devolver à natureza ao colocar as cinzas de cremação no ciclo das águas também é uma alternativa bastante praticada.
Pois a ideia do poder de renovação e purificação das águas em movimento contribuem para um novo começo e possibilitam uma homenagem emocionante.
4. Espalhar por lugares significativos
Uma opção menos voltada à espiritualidade ou religiosidade e mais preocupada com a homenagem ao falecido é espalhar as cinzas em um lugar do qual o falecido gostava muito. Essa prática é muito significativa e tem um valor pessoal.
Muitas pessoas optam por espalhar as cinzas em mais de um lugar, de maneira que a posição final da pessoa amada é exatamente onde ela mais gostaria de estar: os lugares no mundo que lhe davam prazer.
Aqui vale deixar uma dica para os amantes de cinema.
O filme Tudo acontece em Elizabethtown, lançado em 2005, conta uma história emocionante de cremação, em que um filho faz uma viagem com a urna funerária com as cinzas do pai, espalhando-as em diversos lugares diferentes que eram significativos para ambos.
5. Manter as cinzas em casa
Não é a opção mais comum, mas também possível.
Escolher uma urna bem decorada, com detalhes significativos, e criar um altar ou preparar um espaço fixo para depositar as cinzas é uma ideia que pode agradar àqueles que querem ter a sensação de estar perto do ente querido falecido.
6. Colocar em uma ampulheta
Outra opção para manter as cinzas sempre por perto é colocá-las dentro de uma ampulheta.
As cinzas de um corpo depois de cremado são um material extremamente fino, ideal para armazenar em uma ampulheta, representando a passagem do tempo e mantendo a lembrança do falecido sempre presente e perto dos nossos olhos.
7. Fazer uma obra de arte
Transformar as cinzas em um material para a produção de uma obra de arte tem-se tornado cada vez menos raro.
As cinzas podem ser misturadas a tintas para a pintura de um quadro, ou aos materiais necessários para a criação de uma escultura.
Faz-se uma das opções mais inusitadas e menos baratas, mas é realmente interessante pensar que o corpo da pessoa amada foi transformado em cinza, que por sua vez foi transformada em obra de arte.
Não é só um pensamento interessante, mas uma opção possível nos dias atuais.
- Transformar as cinzas em diamante
Chegamos, enfim, ao procedimento digno do nosso título: se a vida é uma joia, as cinzas da cremação podem ser diamantes.
Pode não ser nada barato, parece mesmo uma ideia exclusiva para milionários, mas o mais importante é entender como foi desenvolvida essa técnica.
Acontece que pedras preciosas como os diamantes são resultado do processo de petrificação e agrupamento de minérios contidos em regiões muito profundas do subsolo.
Com o passar de incontáveis anos e pelas condições específicas de temperatura e pressão nas camadas mais internas da Terra, os minérios transformam-se em diamantes.
As cinzas da cremação possuem características e formas parecidas com os minérios do subsolo. Assim, desenvolveu-se uma tecnologia capaz de criar um ambiente com as condições de temperatura e pressão necessárias para a formação de uma pedra preciosa.
Submetendo as cinzas a essa tecnologia, elas tornam-se verdadeiras pedras preciosas. Podem até ser diamantes artificiais, mas são os únicos no mundo, pois são resultado da transformação física das cinzas de cremação do seu ente querido.
Com essa técnica é possível transformar a cinza em mais de uma jóia pequena, e mantê-la em um anel ou em formato de pingente. Significa, assim, a jóia preciosa mais preciosa de todas.
Pode parecer impossível, mas há lugares especializados que fazem esse tipo de procedimento com custos a partir de R$2.500. Parece um investimento razoável uma vez que equipara-se ao valor de um smartphone de última geração.
O diamante memorial e o luto na modernidade
As peças que acabamos de descrever são chamadas de diamante memorial. Podem ser feitas com cinzas humanas ou de animais de estimação, assim como com cabelo.
Esses materiais têm uma porcentagem de carbono e um diamante é 100% carbono, de maneira que em laboratório é possível transformar cinzas e cabelos em pedras preciosas.
É tecnológico, foi desenvolvido com conhecimento científico e é possível!
Assim, encaixa-se muito bem nas relações contemporâneas que temos com a morte: o apego, a dificuldade de distanciamento, a importância do simbolismo.
Tudo isso é alcançado ao transformar a pessoa amada em uma jóia para levar consigo para todo o sempre.
Conheça mais sobre os diamantes memoriais no Brasil no site da Lonité: Diamantes de Cremação feito das Cinzas.
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Não se convenceu da importância da cremação para a sociedade contemporânea? Então acesse o artigo a seguir para entender as condições de sepultamento em tempos de pandemia: O caixão lacrado e o funeral: medidas sanitárias necessárias na pandemia.