O Cemitério Vila Alpina está localizado na Zona Leste de São Paulo. Oficialmente, foi nomeado como “Cemitério São Pedro”. Teve sua inauguração no ano de 1972 e atualmente se encontra entre as três maiores necrópoles da capital.
O Cemitério Vila Alpina foi construído em decorrência da grande demanda proveniente do Cemitério da Quarta Parada. A localidade é classificada como nova quando comparada aos demais cemitérios de São Paulo.
É considerado o terceiro maior cemitério da cidade de São Paulo, ficando atrás apenas dos cemitérios Vila Formosa e Vila Nova Cachoeirinha. O local conta com uma extensão de 220 mil metros quadrados.
Já foram sepultadas mais de 100 mil pessoas no Cemitério Vila Alpina desde sua inauguração. Atualmente, os sepultamentos são feitos no próprio local, com administração da prefeitura de São Paulo.
O Cemitério Vila Alpina é um dos mais completos na cidade, uma vez que conta com velório e também crematório, com o objetivo de atender toda a população da capital.
Tanto o Cemitério Vila Alpina quanto o velório estão localizados no seguinte endereço: Avenida Francisco Falconi, nº 837 – Vila Alpina. O crematório está na mesma rua, mas fica à altura do número 437.
O Cemitério Vila Alpina funciona durante 24 horas por dia, tanto o cemitério, quanto o velório e o crematório.
Como chegar?
O Cemitério Vila Alpina, velório e crematório estão localizados próximos de vias importantes de São Paulo, como a Avenida Salim Farah Maluf, Avenida Luís Ignácio de Anhaia Mello e Avenida dos Estados.
Para chegar no Cemitério Vila Alpina, é possível usar itinerários de ônibus que saem de diversas regiões paulistas, como Centro, Tamanduateí e Tatuapé.
Heliponto
Em frente ao Cemitério Vila Alpina foi construído um heliponto, com o objetivo de facilitar em casos de emergência, ou quando exista a necessidade de deslocamento rápido para outros locais.
Velório do Cemitério Vila Alpina
O Velório do Cemitério Vila Alpina também foi inaugurado no ano de 1972 e foi construído para auxiliar e facilitar a realização do velório para os entes queridos e amigos daqueles que morreram.
Como os velórios antigamente eram feitos na própria residência do falecido, as celebrações no Cemitério Vila Alpina visam ocorrer da maneira mais digna e honrosa possível, em memória daqueles que partiram.
O Velório do Cemitério Vila Alpina conta com 12 salas amplas e de ótima iluminação, para que o ambiente de despedida seja aconchegante para confortar o coração dos amigos e familiares.
Outros benefícios do Velório Cemitério Vila Alpina são o amplo estacionamento gratuito, capela, toaletes, lanchonete e estacionamento gratuito. Além disso, estão disponíveis carros elétricos, com o objetivo de transportar os familiares e o corpo no momento da realização do sepultamento.
O Velório do Cemitério Vila Alpina funciona durante 24 horas, todos os dias. Possui como tempo limite de realização do velório 21 horas, desde o momento do falecimento. No entanto, pode haver extensões, conforme o serviço funerário e demais critérios.
Importância do velório
Quando uma pessoa querida parte, o luto é um processo natural, que acontece como resposta a uma quebra de vínculos. Dessa forma, o luto deve ser vivenciado, para auxiliar na elaboração da perda. Porém, quando esse ritual de despedida que é o velório não acontece, a situação se agrava.
O velório é um ritual de despedida muito importante para o processo de luto normal. Nesse momento, há elementos tradicionais, familiares e de repetição, porém, existe uma grande contribuição para a perda em específico.
A principal função do velório é marcar a perda de um membro familiar, facilitar a expressão pública do sofrimento, permitir que o falecido seja recordado, ofertar auxílio ao enlutado, apresentar o novo papel desempenhado pelo enlutado, propiciar um espaço de choro pela perda e permitir um local para compartilhamento de memórias e sentimentos.
A falta de um velório pode propiciar impacto na saúde mental de uma pessoa, aumentando o risco de um luto complicado, quando o processo dura mais e é mais intenso. Isso acontece pois o indivíduo não consegue processar o que ocorreu, nem se despedir de uma maneira que possibilite ter senso da realidade.
É comum nos velórios que o enlutado receba conforto com palavras, além do abraços dos amigos, para resgatar boas lembranças da pessoa que se foi. Dessa forma, o ritual é fundamental e deve ser realizado da melhor maneira, em um ambiente aconchegante, confortável e repleto de amor.
Crematório do Cemitério Vila Alpina
O crematório foi construído dois anos depois da abertura do Cemitério Vila Alpina. Batizado com o nome de “Crematório de São Paulo Doutor Jayme Augusto Lopes”, foi inaugurado no ano de 1974.
O Crematório do Cemitério Vila Alpina foi o primeiro a ser inaugurado no Brasil e na América Latina e, além disso, é um dos maiores do mundo. Possui uma ótima estrutura, com estacionamento, sala para cerimônias, câmera fria (para que os corpos sejam armazenados por no mínimo 24 horas), fornos crematórios e câmara para armazenamento das cinzas, até que os familiares busquem.
Exumação: como e quando é realizada?
A palavra “exumação” tem o significado de “ato ou efeito de exumar e desenterrar”. Dessa forma, consiste na remoção dos restos mortais de uma pessoa já falecida, para alguma finalidade especial.
De acordo com a legislação brasileira, a exumação só pode ser feita mediante o prazo de três anos depois do sepultamento, no entanto, em situações especiais, o período poderá ser menor.
Para realização da exumação, um membro da família ou responsável pelo jazigo deve ser informado previamente. Caso nenhum possa acompanhar o ato, o procedimento deve ser fotografado.
Tal medida é realizada para que o procedimento seja feito com o corpo correto, além de significar um ato de respeito com a família, que precisa ter ciência do que está ocorrendo com o túmulo.
A comunicação da família deve ser feita em pelo menos 30 dias antes da exumação.
A exumação é um processo burocrático, que deve seguir protocolos de segurança e higiene para evitar problemas. Como é um ato delicado, o procedimento precisa ser feito por pessoas qualificadas, com uso de equipamentos específicos, como respirador, luvas e macacões, para evitar a contaminação com algum tipo de bactéria.
É recomendada a presença de um profissional de saúde ambiental, técnico de saúde e uma autoridade da justiça, profissionais que assegurarão que o caixão está bem lacrado. É necessário conferir se a placa de identificação de segurança e o túmulo são correntes, além de estar atento aos procedimentos de saúde pública.
Tipos de cemitério
O Cemitério Vila Alpina é do tipo vertical e horizontal. Caso tenha dúvida sobre isso, serão abordadas abaixo as características de cada tipo, bem como a finalidade.
Cemitério horizontal
Trata-se do tipo mais comum e mais antigo que existe. Os corpos são sepultados de maneira subterrânea, com área aberta acima, que geralmente consiste em túmulos e jazigos. Em cemitérios mais antigos, é comum encontrar grandes construções, bem como estátuas.
Cemitério vertical
Esse tipo de cemitério surgiu como uma solução para a falta de espaço nos sepultamentos, principalmente em grandes cidades. No Cemitério Vila Alpina, essa medida foi necessária devido à pandemia do novo coronavírus, que matou uma grande média de pessoas diariamente, exigindo um armazenamento rápido dos corpos.
Curiosidades sobre o Cemitério Vila Alpina
Todo local importante tem memórias e curiosidades, como no caso do Cemitério Vila Alpina. Abaixo, serão expostos alguns fatos relevantes sobre o local, como as celebridades que estão enterradas e situações singulares associadas.
Incêndio do Edifício Joelma
No ano de 1974 aconteceu um dos maiores incêndios em edifícios registrados no Brasil. Trata-se do desastre no Edifício Joelma, que matou 187 pessoas e fez com que mais de 300 ficassem feridas.
Das 187 mortes do Edifício Joelma, 13 corpos não puderam ser identificados. Estes foram enterrados no Cemitério Vila Alpina e, até hoje, várias pessoas visitam o lugar para fazer orações às vítimas.
Além disso, diversas pessoas levam flores e pedidos aos túmulos. No local, podem ser observadas placas de agradecimento em decorrência das graças alcançadas, que são atribuídas às orações realizadas nos locais em que estão as 13 vítimas.
Capela das 13 almas
São chamadas de treze almas os treze cadáveres encontrados e não identificados no elevador do edifício Joelma, que atualmente é chamado de Edifício Praça da Bandeira. Provavelmente, essas pessoas tentaram fugir do fogo por esse meio durante o incêndio. Os corpos foram enterrados lado a lado no Cemitério Vila Alpina. Ao lado das sepulturas, foi construída uma capela em memória às 13 almas.
Os visitantes do local costumam deixar copos de água sobre os túmulos, como uma maneira de aliviar o sofrimento daqueles que morreram queimados. Tal ritual teve início quando alguns frequentadores e funcionários relataram que, em um certo dia após o incêndio, foram escutados choros e gemidos vindos da região das 13 sepulturas.
Como sabia a causa das mortes, uma pessoa resolveu derramar água sobre os túmulos, o que fez com que os gritos e gemidos parassem. No local, há placas e faixas agradecendo todas as graças alcançadas por intermédio das 13 almas.
Grandiosidade do Cemitério Vila Alpina
O Cemitério Vila Alpina é o terceiro maior da cidade, e está atrás apenas das necrópoles da Vila Formosa e Vila Nova Cachoeirinha. Além disso, conta com o primeiro Crematório da América Latina, que é um dos maiores do mundo, contando com uma área de cerca de 140 mil metros quadrados.
Nome de Vila Alpina
O Cemitério Vila Alpina foi inaugurado com o nome de Cemitério São Pedro, porém, atualmente, é conhecido popularmente por outro nome, pois está localizado no bairro Vila Alpina.
Pessoas famosas que estão sepultadas no Cemitério Vila Alpina
Desde que o Cemitério Vila Alpina foi construído, algumas pessoas famosas e famílias importantes foram enterradas no local. Dentre elas, é possível destacar:
Manuel de Nóbrega
Manuel Soares de Nóbrega foi um radialista, político, compositor, humorista, escritor, ator, jornalista e empresário brasileiro. Seu período de atividades teve início no ano de 1930 e encerrou em 1976, com sua morte, no dia 17 de março, em São Paulo.
Foi muito importante para o humor de rádio e de televisão, por isso, criou programas como “Cadeira de Barbeiro”, “Programa Manuel de Nóbrega” e “A Praça da Alegria”.
Quando fazia “A Praça da Alegria”, conheceu Silvio Santos, a quem presenteou com a empresa “Baú da Felicidade”. Em 1975, já muito magro pelo câncer, Manuel foi a Brasília assinar um documento para dar para Sílvio Santos a concessão do canal 11.
Manuel de Nóbrega morreu aos 63 anos de idade, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Seu filho, Carlos Alberto de Nóbrega, deu continuidade ao seu trabalho na “Praça da Alegria”, programa atualmente conhecido como “A Praça é Nossa”.
Manuel de Nóbrega recebeu várias homenagens póstumas, como uma escola estadual que leva o seu nome no bairro de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo.
Célia Biar
Célia Biar nasceu em 10 de março de 1918. Foi atriz e apresentadora, atuando em filmes de relativo sucesso. Estreou na televisão na década de 60, como apresentadora. A carreira de atriz teve início em 1970, na TV Globo, emissora em que interpretou personagens chiques e sofisticados.
Não teve filhos e nem casou. Adorava fumar e faleceu em 1999, vítima de câncer de pulmão, aos 81 anos.
Carlos Zara
Carlos Zara foi engenheiro, ator e diretor brasileiro. Atuou em mais de 30 telenovelas e minisséries, 26 peças teatrais e quatro filmes. Foi casado com Eva Wilma durante 23 anos.
Faleceu aos 72 anos, em 11 de dezembro de 2002, em decorrência de falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória, causadas por um câncer de esôfago.