Também conhecido como Necrópole de São Paulo, o Cemitério de São Paulo é um dos 22 cemitérios que são mantidos pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo.
Ele foi inaugurado em 1926 na Rua Cardeal Arcoverde, entre os bairros Vila Madalena e Pinheiros. O Cemitério São Paulo surgiu como uma alternativa por causa da superlotação nos Cemitérios da Consolação e do Araçá.
Ele tronou-se o local ideal para abrigar os jazigos da elite paulistana. O Cemitério São Paulo possui mais de 140 mil sepultamentos desde de sua inauguração e é composto por muitos mausoléus e monumentos funerários que foram projetados por grandes escultores, tais, como: Galileu Emendabili, Luigi Brizzolara e Victor Brecheret, que são artista que possuem grandes obras tumulares.
Localizado na Rua Cardeal Arcoverde, n°1217, no Bairro Pinheiros, na cidade de São Paulo (SP), sob CEP: 05408-001.
O cemitério funciona todos os dias das 8:00hs às 18:00h. Para velório, o funcionamento é 24 horas por dia. Mesmo possuindo uma grande área, o cemitério São Paulo não possui estacionamento.
História do Cemitério São Paulo
Depois que o cemitério da Consolação foi criado em 1858, a prática de sepultar as pessoas nas criptas das igrejas foi encerrada em São Paulo, principalmente por questões sanitárias.
Na época se encerrou o hábito de marcar a posição social das pessoas mortas por meio da localização onde elas eram sepultadas nas igrejas. Antes disso, as pessoas ricas ficavam perto do altar.
O espaço criado na época foi chamado de Cemitério Municipal, que deveria atender as todas as camadas sociais, dos escravos até os grandes fazendeiros.
Foi então que surgiu na elite paulistana o hábito de homenagear os seus amigos e familiares falecidos com obras tumulares monumentais, que demonstrava a sua importância social. Era uma forma de diferenciar a posição social que o falecido tinha em vida.
Mas, devido a superlotação dos cemitérios do Araçá e da Consolação, precisou que fosse criado um novo espaço para abrigar os falecidos. Assim surgiu um novo local para abrigar os luxuosos jazigos das famílias da elite paulistana.
O cemitério São Paulo possui 104 mil metros quadrados de área e conta com mais de 140 mil sepultamentos.
Personalidades sepultadas no Cemitério São Paulo
Dentre os mais de 140 sepultados no Cemitério São Paulo, estão enterradas muitas personalidades históricas, tais, como: políticos, escritos e até cineastas.
Entre os grandes nomes que foram sepultados no local estão: os escritores Paulo Duarte e Menotti Del Picchia; os artistas Aldo Bonadei, Victor Brecheret e Nicola Rollo; os políticos Pedro de Toledo Prestes Maia e Auro de Moura Andrade, o cineasta Walter Hugo Khouri, o cartunista Belmonte, o diretor de TV Paulo Ubiratan; o político e fazendeiro Damásio Pires Pimentel; a aristocrata paulista Elvira Hermínia Penteado Pimentel; a filantropa Luci de Queirós; o corredor de Fórmula 3, jornalista da TV Globo e responsável por trazer a Fórmula 1 para o Brasil, Antônio Carlos Scavone; os empresários Antônio Pereira Inácio, José Ermínio de Moraes, Nadir Dias de Figueiredo, Alfredo Schürig, Nicolau Scarpa, Valentim dos Santos Diniz, Salim Farah Maluf e Fuad Luftalla; o advogado, banqueiro e diretor geral da Associação Comercial de São Paulo, Prof. Nelson Pimentel Queiroz; o Conselheiro da Associação Comercial de São Paulo, Flavio de Queiroz Filho, e a sua senhora, Viggianina Paoliello de Queiroz; o engenheiro idealizador do Pró-álcool, Lamartine Navarro Júnior, que era trineto do Barão do Cabo Verde; o jurista Miguel Reale; o médium Carmine Mirabelli, cujo o jazigo foi vendido e os restos mortais foram enviados a um ossário geral; dentre outros.
O Cemitério São Paulo abriga ainda o jazigo do general Miguel Costa, comandante da Coluna Prestes, além dos túmulos dos combatentes mortos na Revolução Constitucionalista de 1932. Como também dos estudantes Orlando de Oliveira Alvarenga e Dráusio Marcondes de Sousa, que foram símbolos desse movimento. O corpo do jornalista Theo Dutra também foi sepultado nesse cemitério, bem como Maria Izilda de Castro Ribeiro, “Menina Izildinha”, no começo da década de 1950, tornando o local um ponto de peregrinação.
O Cemitério São Paulo também abriga o Mausoléu dos Esportistas, onde foram sepultados grandes nomes do esporte como o goleiro Tuffy Neugen e Arthur Friedenreich, considerado a primeira estrela do futebol brasileiro. O ex-delegado do DOOPS Sérgio Paranhos Fleury também foi sepultado nesse cemitério.
O surgimento do Cemitério São Paulo
Entre o fim de século XIX e começo do século XX, a riqueza gerada pelo plantio do café e pela industrialização trouxeram grande mudanças no perfil socioeconômico de São Paulo.
Nesse período foram criados novos cemitérios: o Araçá, em 1887; o Quarta Parada, em 1893; e do Chora Menino, em 1897; que permitiram a exploração da atividade funerária. Todos cercados por imponentes bairros nobres, sendo assim, os cemitérios da Consolação e do Araçá acabaram passando por um processo de elitização, principalmente nas duas primeiras décadas do século XX.
De uma certa forma, esses espaços foram convertidos a museus de arte a céu aberto, passando a abrigar inúmeros jazigos luxuosos e monumentos funerários que eram encomendados por pessoas de alto poder aquisitivo, como barões do café, médicos, juristas, intelectuais, escultores famosos e pessoas públicas.
Com a superlotação dos cemitérios da Consolação e do Araçá, surgiu a necessidade de criar um novo local para as pessoas da elite paulistana serem sepultadas.
Foi então que surgiu o Cemitério São Paulo, que servia de certa forma como uma extensão dessas outras duas necrópoles. Os planos de construir esse novo cemitério datam de 1920, quando a prefeitura autorizou a aquisição de terreno que era de propriedade dos padres passionistas, localizado no bairro de Pinheiros.
O responsável pela construção da nova necrópole foi o mestre-de-obras Caetano Antônio Bastianetto e contou com a mão de obra de operários espanhóis, italianos e portugueses, que acabaram sendo os primeiros moradores do bairro Vila Madalena.
O cemitério São Paulo teve sua inauguração realizada em 1926, que foi o último ano da gestão do então prefeito Firmino de Morais Pinto. Com o passar do tempo, foram construídos os grandes jazigos das famílias tradicionais da cidade, além dos túmulos, mausoléus e monumentos encomendados pelas famílias de imigrantes que ficaram ricos no Brasil, sendo na maioria de origem sírio-libanês e italiana.
Grande parte dos escultores contratados para construir os jazigos eram imigrantes europeus ou mesmo artistas brasileiros de formação europeia, que eram bastante valorizados por causa de suas técnicas.
Graças às obras encomendadas a grandes artistas como Luigi Brizzolara, Victor Brecheret, Bruno Giorgia, Nicola Rollo e Galileo Emendabili, o Cemitério São Paulo se tornou uma referência em arte tumular no Brasil.
Tanto que o então, prefeito Jânio Quadros estabeleceu uma comissão durante seu segundo mandato (1986-1988) que identificou 180 peças de importância artística no local.
Desde a década de 1980 existem projetos que visa a exploração do potencial turístico e didático desse e de vários outros cemitérios da cidade de São Paulo, mas ainda com poucos resultados práticos.
Entendendo a importância do velório
É sempre muito difícil perder uma pessoa querida. Mas a morte é algo comum a todas pessoas e que mais cedo ou mais tarde todos irão se deparar com esse momento. Para que possamos entender o processo do luto, é de grande importância a realização de um funeral, pois é nesse momento que podemos prestar nossas últimas homenagens.
O velório nos ajuda a assimilar a nova realidade sem aquela pessoa que faleceu. A partir daquele momento fica claro em nossas mentes que a pessoa realmente se foi e que não podemos mais contar com ela na nossa vida cotidiana.
Esse ritual de passagem é algo que existe há muito tempo na humanidade e tem uma representatividade religiosa e sentimental de despedida.
Mas, pensando no lado psicológico, o velório nos ajuda a entender melhor o processo de luto para que possamos superar essa etapa da vida e seguir em frente.
Então, é importante aproveitar esse momento para expressar todos os seus sentimentos e por pra fora toda a tristeza. Assim será mais fácil seguir a vida.
Exumação
A exumação é o processo de recolher os restos mortais das pessoas enterradas. Isso deve ocorrer no período de três anos após o sepultamento, no caso de pessoas adultas. Já para crianças com até seis anos, o processo deve ocorrer em dois anos.
Se ninguém da família entrar em contato com o cemitério depois do período estipulado e houver necessidade de liberação de espaço para novos sepultamentos, os ossos são catalogados e retirados para ceder espaços para outras pessoas falecidas.