O Cemitério da Quarta Parada que também é conhecido como Cemitério do Brás é caracterizado como uma das necrópoles mais tradicionais da cidade de São Paulo.
Fundado no ano de 1893, o cemitério Quarta parada é denominado um dos mais antigos da cidade de São Paulo, contando com uma área de 183 mil metros quadrados. Além disso, estima-se que o local já tenha sepultado mais de 400 mil pessoas.
Localizado na Zona Leste, ele recebe mais de 100 mil visitantes por ano, onde as pessoas vão com o intuito de visitar familiares, conhecer o local, ou até mesmo saber mais sobre suas histórias.

O cemitério Quarta Parada possui fácil acesso, já que está localizado precisamente na Avenida Salim Farah Maluf, s/nº, no bairro do Tatuapé em São Paulo (SP), sob o CEP: 03303-010.
Para quem deseja visitar um parente ou amigo sepultado no local o horário de funcionamento de cemitério é das 08:00 às 17:00. Agora para velórios, o horário estende-se por 24 horas durante todos os dias.
Como chegar?
A localização do Cemitério Quarta Parada encontra-se na região Sudeste da Capital Paulistana. Ele fica próximo à grandes avenidas importantes, como: Avenida Luiz Inacio de Anhaia Mello, Avenida Salim Farah Maluf, Avenida do Estado, Avenida Zelina, Avenida do Oratório entre outras.
Com relação às linhas de ônibus para chegar ao local, existe uma grande variedade que passa em frente ao cemitério. Dentre as principais estão: linha 351F que liga Jaçanã ao Terminal Vila Carrão, linha 208A Penha que liga o Terminal Pq. D. Pedro II, linha 3306 que liga Itaquera ao Terminal Pq. D. Pedro II, linha 3459 que liga Itaim Paulista ao Term. Pq. D. Pedro II, entre outras.
História do cemitério Quarta Parada
A história do cemitério Quarta parada intitula-se a partir de sua fundação que aconteceu especificamente no dia 6 de janeiro de 1893. Sua criação se deu inicialmente com a proposta de atender aos familiares da região que desejavam enterrar seus entes queridos por perto, tendo então um local próximo para visitá-los sempre que possível.
Sua inauguração aconteceu logo em seguida à do Cemitério da Consolação, em 185. Com isso, o local passou a receber cada vez mais os falecidos da região, o que antigamente era formado por pessoas de elite na cidade de São Paulo, além de imigrantes italianos influentes.
Nesta época, os imigrantes italianos costumavam a construir a sepultura de seus familiares com algumas citações dos fatos históricos que envolviam a metrópole paulista. Tudo isso através de inscrições nas lápides, esculturas e monumentos. Assim, o cemitério passou a ser não só um lugar para enterrar entes queridos, mas também um verdadeiro museu com fatos históricos da época.
Hoje, o local é considerado um dos mais caros para sepultamento, além disso, ele conta com jazigos monumentais que carregam consigo a história desta alta classe que vivia na cidade nos anos passados. Dentre eles, existem, inclusive, obras de arte esculpidas nos próprios túmulos que, por sua vez, caracterizam os barões da época, além de comerciantes ricos que viviam no na região.
Sobre o Nome “Quarta Parada”
O cemitério Quarta Parada carrega consigo o nome do bairro no qual ele está localizado. Já o bairro, por sua vez, recebeu este nome devido à estação ferroviária das proximidades que era constituída como a quarta para da do trem que seguia em direção à cidade de Cachoeira Paulista.
Porém, antigamente o cemitério já teve como nome “Cemitério do Brás”. Isso porque antigamente, o bairro fazia parte daquele distrito.
Tipo de cemitério no qual o Quarta Parada se encontra
Com relação ao tipo de cemitério, pode-se dizer que o cemitério Quarta Parada encontra-se disposto em formato horizontal. Isso porque ele é caracterizado por covas, túmulos e jazigos, formando assim um local de enterro que compõe-se em solo.
Seus túmulos, inclusive são em sua grande maioria formados por grandes obras de arte que foram criadas contando um pouco do contexto histórico da cidade. Assim, é possível visualizar construções feitas com estátuas e mausoléus.
Apesar de ser um cemitério de formato horizontal, que inclusive é o tipo mais conhecido, existem também outros formatos que devem ser levados em consideração para outros cemitérios. São eles:
Cemitério vertical – Que é caracterizado por diversas gavetas enfileiradas uma em cima da outra, garantindo um melhor aproveitamento do cemitério em si.
Cemitério Jardim ou Parque – Que é caracterizado por uma grande presença de verde no local. Assim, seu cenário tende a ser mais arborizado, muitas vezes com a presença de animais como: gansos, patos e afins.
Velório de Quarta Parada
Por possuir um espaço amplo destinado aos mortos, o Cemitério Quarta Parada conta também com um velório no local, onde a partir dele é possível desejar um último adeus àqueles que amamos.
Com Funcionamento disposto 24 horas por dia, o velório do local é composto por salas amplas que são distribuídas pelo local em 2 corredores sendo um externo e outro interno. O local também possui uma lanchonete que assim como o próprio velório em si, funciona 24 horas por dia, garantindo assim mais conforto para aqueles que frequentam o local.
Para deixar o ambiente ainda mais confortável, o cemitério conta também com estacionamento gratuito, assim, os familiares e amigos podem frequentar o local sem precisar parar o carro tão longe.
Importância da realização do velório
O velório é caracterizado como um rito de despedida entre família, amigos e o sepultado em si. Isso porque é neste momento em que é possível realizar uma última despedida, podendo então desejar luz àquele que se partiu e demonstrar todo o seu afeto por ele.
Por isso, realizar um velório antes do enterro é muito importante, além de ser uma homenagem especial para o falecido, demonstrando que mesmo nas piores circunstâncias ele merece ter dignidade e respeito.
Principais Famosos enterrados no Cemitério Quarta Parada
Arnaldo Rosa
Tonico e Tinoco
Tonico e Tinoco foram uma dupla de música caipira, muito conhecida no Brasil, sendo considerada como uma das duplas mais importantes no contexto histórico de música brasileira. Eles tiveram ao longe de sua história 83 discos gravados, sendo recordistas de vendas no país inteiro.
Dentre suas principais músicas de sucesso estão: Cabocla Tereza, Chico Mineiro, Rio Pequeno, Pé de Ipê, Aparecida do Norte, Cabelo de Trança, Tristeza do Jeca, entre outros.
Tonico (João Salvador Perez) foi o primeiro da dupla a falecer no ano de 1994, aos 77 anos. Vítima de um acidente causado por uma queda da escada no prédio onde morava. Já Tinoco, por sua vez, faleceu no ano de 2012, vítima de uma insuficiência respiratória.
Vicente Matheus
Domingos Montagner
Domingos foi um grande ator brasileiro que fez grandes papéis na TV como o da novela Cordel Encantado. Ele faleceu enquanto ainda gravava último trabalho na novela Velho Chico, vítima de afogamento no Rio São Francisco.
Com isso, a novela fez grandes homenagens ao ator, onde ele estava presente nas filmagens, como se fosse a própria “câmera” falando com os demais participantes.
Seu Nenê
Curiosidades do Cemitério
Vítimas da Tragédia do Cine Oberdan
No ano de 1938, especificamente no dia 11 de abril, o cemitério Quarta parada recebeu as vítimas da tragédia do Cine Oberdan. Com isso, o município além de decretar feriado pelo ocorrido, fez questão de custear todos os gastos fúnebres.
Pegadinhas do Silvio Santos
A calçada externa do cemitério Quarta Parada já foi palco de pegadinhas do programa do Silvio Santos, na época intitulado como “Topa Tudo Por Dinheiro”.
Interpretadas por Gibe, uma das pegadinhas consistia em um homem que pegava um táxi na frente do cemitério e, ao parar de frente para uma residência, um morto diz ao taxista que aquele passageiro que ele levou faleceu há 5 anos atrás.
Já a outra pegadinha, tornou-se inclusive um clássico do programa. Nela é colocado um esqueleto em cima de uma motocicleta que é guiada por controle remoto e alto-falante. Assim, este esqueleto passava em frente ao cemitério e assustava as pessoas que por ali passavam.
Furto no ano de 2008
Santa protetora dos vestibulandos
Conhecida como a santa protetora dos vestibulandos, Felisbina Muller foi uma mulher que faleceu no ano de 1938, em decorrência de agressões sucessivas causadas por seu marido.
Conta-se que após o seu período enterrada, o corpo já passou por 3 exumações, porém em todas elas, o corpo continuava totalmente preservado. Com isso, ela passou a ser alvo de diversos pedidos milagrosos que acabavam sendo realizados, tornando-a assim uma santa popular.